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Estado de Minas

WhatsApp lan�a iniciativa global para combater not�cias falsas

Aplicativo vai oferecer 20 bolsas de estudo para investiga��o do impacto que o compartilhamento de boatos em mensagens tem na sociedade


postado em 04/07/2018 10:24 / atualizado em 04/07/2018 19:20

(foto: Stan Honda/AFP)
(foto: Stan Honda/AFP)
 

S�o Paulo - O aplicativo de mensagens instant�neas WhatsApp anunciou nesta ter�a-feira sua primeira grande iniciativa para combater as not�cias falsas na plataforma. A empresa vai oferecer bolsas de estudo para pesquisadores que se dediquem a entender o fen�meno. O investimento se junta a outras pequenas iniciativas que o WhatsApp - que faz parte do Facebook desde 2014 - vem adotando para tentar minimizar o problema, que tem se ampliado em pa�ses como Brasil e �ndia - neste �ltimo, o aplicativo foi responsabilizado por uma onda de viol�ncia.

 

A princ�pio, a empresa vai oferecer 20 bolsas de estudo no valor de US$ 50 mil. Para receberem a bolsa, os especialistas dever�o investigar qual o impacto que o compartilhamento de not�cias falsas no WhatsApp tem na sociedade. A empresa vai priorizar estudos que abordem fatores como as motiva��es para pessoas considerarem um conte�do confi�vel e o compartilharem no aplicativo e o uso do WhatsApp durante elei��es.

H� tamb�m a preocupa��o em investigar formas de detectar comportamentos problem�ticos no aplicativo, uma vez que todas as mensagens trocadas por seus mais de 1,5 bilh�o de usu�rios no mundo - 120 milh�es deles no Brasil - s�o criptografadas de ponta a ponta. Na pr�tica, isso significa que elas s�o codificadas antes de sair do aparelho do remetente, passando pelos servidores do WhatsApp, at� finalmente serem decodificadas no destinat�rio.

 


O WhatsApp est� tentando avaliar, com a ajuda desses pesquisadores, como minimizar a circula��o de boatos na plataforma sem prejudicar a privacidade dos dados, uma bandeira que sempre foi defendida pela companhia. A partir das conclus�es das pesquisas, a empresa pretende testar novos recursos.

Fontes ouvidas pela reportagem afirmam que as �reas de maior preocupa��o da empresa hoje no Brasil est�o relacionadas a sa�de e elei��es. Contudo, h� o entendimento de que as medidas n�o devem surtir efeito em curto prazo.

A empresa, no entanto, j� testa uma nova fun��o que vai sinalizar aos usu�rios quando eles receberem uma mensagem encaminhada por um contato, mas n�o escrita originalmente por ele. Al�m disso, o aplicativo de mensagens ampliou o poder de modera��o dos administradores de grupos no aplicativo recentemente.

EDUCA��O
Na opini�o de especialistas, investir na educa��o e no esclarecimento de not�cias falsas � um bom come�o para o WhatsApp. "� uma estrat�gia que tenta reduzir o impacto do servi�o nessa dissemina��o", avalia Jacqueline de Souza Abreu, advogada especializada em direito digital. Segundo ela, o esfor�o considera a complexidade do servi�o. "Se o Facebook equivale a uma pra�a p�blica, o WhatsApp � a sala de estar", diz Jacqueline. "N�o queremos que exista controle sobre o que uma fam�lia conversa."

Diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade, Carlos Affonso de Souza vai na mesma linha. "A empresa precisa trabalhar em outros meios de conter not�cias falsas que n�o impliquem no controle do conte�do", diz. Para ele, um dos maiores problemas do aplicativo � o fato de ser poss�vel compartilhar qualquer conte�do "sem fric��o" e com alto alcance. "Na rede social, a mensagem � filtrada pelo algoritmo e n�o chega a todos os seus amigos; no WhatsApp, n�o existe isso."

Souza, por�m, chama a aten��o para um ponto importante: "Not�cia falsa � um problema de quem manda, mas tamb�m de quem recebe", diz. "� um dever c�vico, ainda mais hoje, mostrar por que aquele dado � falso. S� assim v�o ocorrer mudan�as."

LINCHAMENTOS

Pelo menos 12 pessoas morreram na �ndia, desde maio deste ano, em linchamentos p�blicos, ap�s serem v�timas de not�cias falsas disseminadas pelo aplicativo WhatsApp. Segundo o jornal norte-americano Washington Post, que publicou reportagem recente sobre o tema, os mortos supostamente fariam parte de grupos de sequestradores de crian�as e traficantes de �rg�os - as informa��es divulgadas em forma de corrente pelo aplicativo, por�m, n�o s�o confirmadas pelas autoridades locais.

Em junho, dois homens sofreram um ataque ap�s pedirem informa��es na rua; no m�s anterior, uma mulher foi agredida depois de distribuir doces para crian�as.

A �ndia � hoje o principal mercado do WhatsApp no mundo - l� ficam 200 milh�es dos 1,5 bilh�o de usu�rios do aplicativo de mensagens instant�neas.

A onda de linchamentos - s� no �ltimo fim de semana foram cinco mortos - levou o ministro da Eletr�nica e Tecnologia da Informa��o, Ravi Shankar Prasad, a pedir medidas imediatas para o WhatsApp. "A empresa n�o pode evitar sua responsabilidade nesses casos", afirmou ele, na semana passada. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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