
O Facebook pediu desculpas em um tu�te publicado na segunda-feira � noite, quando o aplicativo retornou � opera��o.
"Temos trabalhado duro para restaurar o acesso aos nossos aplicativos e servi�os e estamos felizes em informar que eles est�o voltando a ficar online", afirmou a empresa.
Mas a falha aconteceu em um momento delicado para a empresa de Mark Zuckerberg.
A ex-especialista de dados da empresa Frances Haugen entregou � autoridades e ao Wall Street Journal uma investiga��o particular do Facebook que parece respaldar muitos temores e cr�ticas de longa data sobre a plataforma.
Bom dia para a concorr�ncia
O Facebook atribuiu a interrup��o dos servi�os a uma "mudan�a na configura��o" dos servidores que coordenam o tr�fego entre seus centros de dados.
"A interrup��o do tr�fego da rede teve um efeito cascata na maneira como nossos centros de dados se comunicam, provocando a interrup��o de nossos servidores", afirmou o vice-presidente de infraestrutura do Facebook, Santosh Janardhan.
O especialista em ciberseguran�a Brian Krebs descreveu o que aconteceu como uma remo��o por parte do Facebook do "mapa que informa aos computadores do mundo como encontrar suas diferentes propriedades online."
Al�m das pessoas e empresas que dependem das ferramentas do Facebook, Zuckerberg, recebeu um golpe financeiro.
A revista Fortune informou que a fortuna pessoal de Zuckerberg caiu quase seis bilh�es de d�lares na compara��o com o dia anterior, passando a pouco menos de US$ 117 bilh�es.
Para os concorrentes do Facebook, por�m, o dia foi muito bom.
O servi�o de mensagens Telegram passou de 56º aplicativo gratuito mais baixado nos Estados Unidos para o quinto lugar, segundo a empresa especializada SensorTower.
O app de mensagens criptografadas Signal tuitou que recebeu "milh�es" de novos integrantes.
Muitas pessoas usaram o Twitter para expressar a frustra��o com a interrup��o por horas de seus contatos, fontes de renda ou ferramentas de neg�cio.
"Pioram a insatisfa��o corporal"
O Facebook tem resistido fortemente � indigna��o sobre suas pr�ticas e impacto, mas esta � apenas a mais recente crise a atingir seus neg�cios.H� anos, legisladores americanos amea�am regulamentar os gigantes das redes sociais, com a multiplica��o de cr�ticas de que essas plataformas atropelam a privacidade, fornecem um megafone para informa��es erradas e perigosas e prejudicam o bem-estar dos mais jovens.
Mas ap�s anos de cr�ticas sem grandes reformas, alguns especialistas duvidam que mudan�as estejam por vir. "Esta � uma situa��o em que haver� muita fuma�a e muita f�ria, mas pouca a��o", opinou Mark Hass, professor da Universidade Estadual do Arizona.
As a��es "vir�o essencialmente das plataformas, quando sentirem press�o de seus usu�rios, sentirem press�o de seus funcion�rios", acrescentou, e ressaltou que as autoridades n�o ser�o capazes de regular o conte�do de forma eficaz.
Haugen, uma especialista em dados de 37 anos de Iowa, trabalhou para empresas como Google e Pinterest, mas disse em uma entrevista ao programa de not�cias "60 Minutes", da CBS, que o Facebook era "substancialmente pior" do que tudo que j� tinha visto.
O vice-presidente de pol�tica e assuntos globais do Facebook, Nick Clegg, rejeitou veementemente a alega��o de que seus servi�os s�o "t�xicos" para os adolescentes, dias ap�s uma audi�ncia tensa de v�rias horas no Congresso em que congressistas americanos interrogaram a empresa sobre seu impacto mental na sa�de dos usu�rios jovens.