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Estado de Minas #PRAENTENDER

Golpes digitais: dicas para n�o ser a pr�xima v�tima

Conhe�a os principais golpes aplicados pelo celular e internet e quais as medidas de seguran�a recomendadas por especialistas em seguran�a digital


21/06/2022 15:54 - atualizado 21/06/2022 17:22


A implanta��o do pix e a populariza��o do internet banking aumentou o n�mero de golpes aplicados pela internet. Somente em Minas Gerais, os crimes de estelionato virtuais cresceram mais de 50% em um ano, conforme dados da Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp). At� maio de 2022 foram registradas mais de 12 mil ocorr�ncias de crimes cibern�ticos no Estado.

Cada vez mais criativos, os golpistas desenvolvem todo dia m�todos para fazer novas v�timas. Uma das t�cnicas mais aplicadas � oferecer uma proposta tentadora de emprego pelo Whatsapp, mas que, no final, � apenas o in�cio de um golpe para conseguir informa��es sens�veis da v�tima.

Aprenda como identificar alguns dos principais golpes aplicados na internet e quais medidas de seguran�a recomendadas por especialistas podem ser adotadas para se proteger dos golpes digitais.

Golpes comuns

Cerca de 80% da popula��o brasileira usa redes sociais, segundo dados da pesquisa Digital 2022: Brazil. Esse percentual representa 171,5 milh�es de brasileiros que passam, em m�dia, 3h e 41 minutos por dia nas redes sociais. Com tantas pessoas acessando a internet acessando o "mundo virtual", � esperado que os crimes que ocorrem no mundo "real" tamb�m ocorram na internet.

Em um dos golpes mais comuns do momento, criminosos entram em contato por WhatsApp e apresentam propostas de emprego com ganhos alt�ssimos e condi��es de trabalho tentadoras. � medida que a conversa avan�a, os golpistas pedem dados pessoais do "candidato" � vaga, solicitam que clique em algum link ou cobram alguma taxa referente ao processo seletivo, o que � crime.

No final das contas, a vaga n�o existe e os criminosos, com os dados pessoais do candidato, usam essas informa��es para aplicar golpes, acessar aplicativos ou tirar dinheiro da v�tima.

Dicas de seguran�a digital

Os especialistas entrevistados recomendam algumas a��es pr�ticas que podem ser feitas dentro do celular para garantir mais seguran�a, confira abaixo:

  • Usar as pr�prias ferramentas de prote��o dos dispositivos, como senhas e biometria.
  • No caso de senhas com desenhos, o recomendado � fazer combina��es complexas.
  • Em senhas por digita��o, o ideal � fazer uma combina��o forte de letras mai�sculas e min�sculas, n�meros e caracteres especiais.
  • Ter mais de um email, um deles, especificamente, para criar conta em aplicativos sens�veis - esse email espec�fico n�o pode ficar logado no celular, porque se algu�m pedir a redefini��o de senha de algum app e tiver acesso facilitado ao email, o estrago � certo.
  • Configurar um limite de transa��es di�rias no seu aplicativo de banco.
  • Utilizar a autentica��o de dois fatores em todos os apps que a fun��o estiver dispon�vel, como Whatsapp, Instagram e apps de banco.

Outras recomenda��es de seguran�a digital envolvem mudan�as no comportamento dos usu�rio:

  • Ter dois celulares; um para deixar aplicativos mais sens�veis, como apps de banco e de trabalho, e outro para usar em locais potencialmente mais perigosos.
  • N�o andar distra�do na rua com o celular desbloqueado.
  • N�o clicar em links ou baixar aplicativos suspeitos.
  • Tomar cuidados com propostas muito tentadoras de vagas de emprego ou de venda de algum produto com pre�os abaixo do mercado.

Cuidado com dados pessoais

A economista e advogada Elaine Keller, especialista em direito digital, aconselha que as pessoas compartilhem seus dados pessoais apenas com empresas que se possa confiar que ter�o uma seguran�a no uso dessas informa��es.

"As pessoas t�m que evitar falsas promessas e tomar muito cuidado com quem elas compartilham seus dados. Essas promo��es que t�m ali ‘preencha o cadastro e ganhe gr�tis uma assinatura, um creme de beleza’. Voc� est� colocando os seus dados pessoais ali, telefone, e voc� n�o sabe pra quem exatamente est�o sendo transferidas essas informa��es e com quem ser�o compartilhadas".
Mensagem de Whatsapp enviada por um golpista com uma proposta de emprego de meio período, trabalhando em casa e com salário de até 2 mil reais por dia
Criminosos oferecem via Whatsapp vagas de emprego com sal�rios alt�ssimos e condi��es tentadoras, mas � apenas o come�o de um golpe digital. (foto: Reprodu��o)

Em outro golpe, criminosos sequestram as redes sociais de alguma pessoa e, se passando por ela, anunciam a venda de algum produto com pre�o abaixo do mercado. Ou, ainda, mandam mensagens para os contatos da v�tima pedindo alguma transfer�ncia banc�ria - sempre com alguma conversa para parecer um pedido leg�timo.

Antes de comprar algum produto anunciado nos "stories" das redes sociais e antes de fazer alguma transfer�ncia pedida por algum conhecido, procure se certificar que � mesmo aquela pessoa que est� falando com voc�, seja ligando para ela ou procurando outro tipo de contato.

Prints de stories do Instagram de um perfil que foi invadido e usado para aplicar golpes
Em um dos golpes digitais mais frequentes, criminosos sequestram as redes sociais de alguma pessoa anunciam venda de produtos com pre�o abaixo do mercado. (foto: Reprodu��o/Redes Sociais)

"Tome muito cuidado nesse contato com pessoas que se aproximam via WhatsApp e com quem a gente compartilha e divulga nossos dados pessoais, porque pode estar caindo na malha de criminosos", recomenda Elaine.

LeiaEstelionatos virtuais em Minas Gerais cresceram mais de 50% em um ano

Engenharia social

Celular com sistema operacional Android com a tela desbloqueada e mostrando ícones de aplicativo como Whatsapp, Instagram e Facebook
Cerca de 80% da popula��o brasileira usa redes sociais. Esse percentual representa 171,5 milh�es de brasileiros. (foto: Pixabay)

Em alguns casos, os criminosos acessam as redes sociais ou outros aplicativos da v�tima ap�s roubar seus celulares. Mas h� situa��es na qual a v�tima passa dados sens�veis para criminosos, que s�o usados para aplicar golpes, sem nem se dar conta.

Uma das t�cnicas usadas pelos golpistas � a engenharia social, que consiste em manipular usu�rios da internet para que enviem dados sens�veis e confidenciais. Um dos m�todos � pedir para acessar links aparentemente confi�veis, mas que levam para sites “contaminados”.

Carlos Souza, professor universit�rio e diretor de uma empresa de seguran�a digital, explica que at� pessoas que trabalham na �rea de tecnologia podem ser enganadas por golpistas na internet.

"Um c�digo muito estanho"

O professor conta que recebeu mensagens de uma pousada dizendo que ganhou uma di�ria no estabelecimento via sorteio e precisava passar alguns dados pessoais. Carlos entrou no perfil da pousada, viu v�rias fotos e pessoas interagindo, o que lhe passou confian�a. Ent�o, mandou alguns dos dados pedidos e seu n�mero de telefone, at� que o perfil disse que ele precisava passar um c�digo que mandaram por SMS.

“Quando eu vi o SMS, j� identifiquei que tinha um link muito estranho, com um c�digo muito estranho. Eu pensei na hora ‘ah, seu bonito, voc� n�o vai me enganar n�o. Voc� quase me enganou’. Eu n�o cliquei no link, n�o desenvolvi mais a conversa e bloqueei o perfil. Mas, com certeza, se eu tivesse clicado nesse link que eu recebi por SMS, eles teriam acesso aos meus aplicativos do Facebook e do Instagram”, comenta.

LeiaEspecialista d� dicas para n�o cair em golpes virtuais

O professor explica que muitos casos de pessoas tendo suas redes sociais invadidas come�am com golpistas que vem com essas conversas sedutoras, mas que levam as v�timas a entrarem em sites suspeitos ou passarem seus dados pessoais.

“A minha dica maior eu acho que � sempre estar atento a tudo que voc� faz na internet, onde voc� clica. Procurar entender o uso da melhor forma dos aplicativos. Usar com cuidado, com discernimento e sempre ter uma vis�o cr�tica”.

Sofri um golpe: o que eu fa�o?


Homem segurando um celular com as duas mãos
Especialistas em seguran�a digital recomendam que as pessoas n�o andem distra�das na rua com o celular desbloqueado. (foto: Pixabay)

Caso tenha sofrido algum golpe usando PIX, a primeira medida deve ser entrar em contato com seu banco informando o ocorrido. Assim, ele entrar� em contato com o banco do golpista para impedir que a transfer�ncia seja conclu�da.

Segundo Elaine Keller, caso a transfer�ncia ocorra, a v�tima pode acionar judicialmente o banco se for provado que a institui��o cometeu alguma falha de seguran�a.

“A s�mula 479 do STJ (Superior Tribunal de Justi�a) determina que os bancos t�m que assumir os riscos inerentes � atividade deles. Mas a gente tem que ter provas de que o banco n�o teve uma trava de seguran�a, n�o tomou o devido cuidado”.

A advogada explica que caso o cliente de um banco fa�a muitas transfer�ncias incomuns � sua rotina em um intervalo curto de tempo, a institui��o precisa se certificar que o cliente n�o est� sendo coagido ou se � outra pessoa que est� usando o aplicativo.

LeiaFui v�tima do golpe em rede social! E agora, o que fazer?

“O banco precisa entrar em contato comigo e ter certeza que aquela opera��o est� sendo feita por mim. Ele tem que ter uma forma de validar que aquelas opera��es est�o sendo, de fato, feitas por mim ou se, eventualmente, eu sofri um assalto ou estou sendo coagida a fazer aquelas transa��es”.

Agora, caso a v�tima tenha tido o perfil hackeado ou algu�m esteja se passando por ela em outro perfil, a orienta��o da pol�cia � que, primeiramente, seja feita uma den�ncia na pr�pria rede social. Quanto mais den�ncias, mais �gil � a revis�o da conta pela empresa que a administra. O ideal � que mais pessoas, como parentes e amigos, tamb�m denunciem a conta por meio do pr�prio aplicativo.

Caso a empresa de aplicativo demore para retirar o perfil do ar ap�s as den�ncias, a Pol�cia Civil recomenda que a v�tima recorra � Justi�a.


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