
Fim de ano e, para muitos, as f�rias est�o se aproximando. Com elas, o desejo por descanso e tranquilidade. N�o � toa, muitas pessoas aproveitam esta �poca para viajar e ter mais contato com a natureza e outras culturas. Por�m, mais que nunca, em raz�o da pandemia de COVID-19 , o planejamento � indispens�vel. Isso porque, antes de tudo, � preciso averiguar quais as medidas mais seguras para que a viagem ocorra sem sobressaltos.
O primeiro item da lista, segundo o infectologista Filipe Prohanska, do Grupo Oncocl�nicas, � decidir se a
viagem
precisa e deve mesmo ser feita. “Viagem � muito bom, � algo que traz um prazer muito grande e que fazemos para relaxar. Mas tem que pensar muito se vale a pena viajar neste per�odo de pandemia, porque essa viagem pode gerar mais preocupa��es do que tranquilidade. Ent�o, talvez, o melhor momento para viajar n�o seja agora.”
� nesse cen�rio que o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Estev�o Urbano, reitera que todos as medidas de seguran�a adotadas na terra natal devem ser levadas em conta durante o passeio.
“Os turistas devem usar as m�scaras de prote��o durante toda a viagem e, com o m�ximo de rigor, evitar ficar pr�ximo de pessoas que est�o sem o equipamento de prote��o individual, manter o distanciamento social de pelo menos dois metros e, claro, n�o se esquecerem de higienizar as m�os com frequ�ncia. Isso � fundamental”, afirma.
Justamente pela necessidade de manter a desinfec��o das m�os, o �lcool em gel 70% deve ser um fiel companheiro durante o trajeto e nos passeios.
Justamente pela necessidade de manter a desinfec��o das m�os, o �lcool em gel 70% deve ser um fiel companheiro durante o trajeto e nos passeios.
O segundo passo, ent�o, � decidir quem ir� na viagem, o destino e, n�o menos importante, como chegar at� o local. Esses s�o tr�s dos principais pilares do planejamento do turista. Os outros dois s�o: hospedagem e p�s-viagem. Em meio � pandemia, eles devem seguir crit�rios um pouco diferentes.
Grupo restrito
Todos os integrantes da fam�lia ou o grupo de amigos querem viajar juntos nas f�rias, n�o � mesmo? Em outros anos, essa seria a chance perfeita para reunir todos bem pertinho e aproveitar praias, cachoeiras e passeios tur�sticos.
Por�m, com a necessidade de distanciamento social para evitar a prolifera��o do v�rus, essa n�o ser� a melhor op��o para quem planeja viajar nessa �poca.
Por�m, com a necessidade de distanciamento social para evitar a prolifera��o do v�rus, essa n�o ser� a melhor op��o para quem planeja viajar nessa �poca.
� o que recomenda o infectologista Filipe Prohanska. “O ideal � ter contato com o m�nimo de pessoas ‘estranhas’ poss�veis. Por isso, a tend�ncia � planejar a viagem com familiares e amigos bem pr�ximos, at� porque ao longo da viagem, provavelmente em um autom�vel fechado, o contato ser� frequente. Ent�o, � importante que ele seja feito apenas com pessoas de conv�vio cont�nuo”, aponta.

Destino
A escolha do destino � outro ponto fundamental no planejamento da viagem. Talvez esse item seja o segundo mais importante depois da decis�o de pegar estrada ou n�o.
“Os destinos ideais s�o aqueles em que as pessoas v�o se aglomerar menos. Ent�o, cidades menos cheias e com menos frequ�ncia de turistas. � interessante, tamb�m, analisar o n�vel e a criticidade da pandemia na �poca da viagem”, recomenda Estev�o Urbano.
“Os destinos ideais s�o aqueles em que as pessoas v�o se aglomerar menos. Ent�o, cidades menos cheias e com menos frequ�ncia de turistas. � interessante, tamb�m, analisar o n�vel e a criticidade da pandemia na �poca da viagem”, recomenda Estev�o Urbano.
Filipe Prohanska faz, ainda, um alerta sobre o destino queridinho do ver�o: as praias. Por serem locais abertos, o infectologista afirma que elas s�o boas op�es, por�m, os demais fatores e comportamentos as tornam ainda mais perigosas.
“Ningu�m usa m�scara na praia , porque a m�scara pode molhar e ‘atrapalhar o bronzeamento’. Ent�o, o grande problema da praia � que n�o h� respeito ao distanciamento de forma adequada, n�o tem como higienizar as m�os com frequ�ncia e, por fim, a pessoa acaba n�o usando a m�scara”, pondera.
“Ningu�m usa m�scara na praia , porque a m�scara pode molhar e ‘atrapalhar o bronzeamento’. Ent�o, o grande problema da praia � que n�o h� respeito ao distanciamento de forma adequada, n�o tem como higienizar as m�os com frequ�ncia e, por fim, a pessoa acaba n�o usando a m�scara”, pondera.
Assim sendo, uma alternativa � adaptar as viagens para locais mais interioranos, onde h� grande contato com a natureza, pois, nesses locais, � bem mais f�cil manter os cuidados b�sicos, como usar m�scaras e manter o distanciamento ideal.
“Independentemente do local, � importante manter todos os cuidados sanit�rios para que haja seguran�a e para que a viagem n�o ganhe um fator negativo e triste: contamina��o por COVID-19”, lembra.
“Independentemente do local, � importante manter todos os cuidados sanit�rios para que haja seguran�a e para que a viagem n�o ganhe um fator negativo e triste: contamina��o por COVID-19”, lembra.
Ve�culo particular
Avi�o, �nibus, carro. O leque de op��es de como chegar at� o destino escolhido � grande. Por�m, mesmo com todas as medidas e protocolos sanit�rios necess�rios, a seguran�a � maior quando o trajeto � realizado em ve�culos particulares. Portanto, se puder escolher, opte por viajar de carro.
O ideal s�o carros mais privativos, pois a seguran�a � maior, sem pessoas estranhas naquele meio. Talvez, para quem n�o tenha carro em casa, uma dica de ouro seria alugar um para que s� a fam�lia possa utilizar.
O ideal s�o carros mais privativos, pois a seguran�a � maior, sem pessoas estranhas naquele meio. Talvez, para quem n�o tenha carro em casa, uma dica de ouro seria alugar um para que s� a fam�lia possa utilizar.
“Em �nibus, por exemplo, o risco � maior, pois nem sempre o distanciamento � respeitado e eles s�o mais fechados, al�m de o contato com estranhos ser comum”, completa o infectologista do Grupo Oncocl�nicas Filipe Prohanska.
Nesse cen�rio, o especialista lembra da import�ncia de evitar a alimenta��o dentro desses ve�culos, uma vez que, ao tirar a m�scara, o risco de contamina��o � maior. “Dentro dos ve�culos privativos, com familiares, a alimenta��o pode ocorrer, mas mantendo os cuidados b�sicos”, pontua.
Nesse cen�rio, o especialista lembra da import�ncia de evitar a alimenta��o dentro desses ve�culos, uma vez que, ao tirar a m�scara, o risco de contamina��o � maior. “Dentro dos ve�culos privativos, com familiares, a alimenta��o pode ocorrer, mas mantendo os cuidados b�sicos”, pontua.
Hospedagem
Os mesmos cuidados devem ser levados em conta na hora de escolher a hospedagem. E, haja vista a import�ncia de manter o distanciamento social, o aluguel de casas e apartamentos s�o �timas op��es, j� que, assim, somente os familiares ter�o acesso ao local. Por�m, vale lembrar da import�ncia de que uma desinfec��o ocorra antes do “check-in” na casa de f�rias.
Caso isso n�o seja poss�vel, Filipe Prohanska destaca que a melhor sa�da � pesquisar por hot�is amplos e abertos.
“Al�m disso, � importante que seja revisado se a instala��o obedece mesmo todos os protocolos de seguran�a – distanciamento social de ao menos dois metros e uso obrigat�rio de m�scaras de prote��o, por exemplo –, principalmente durante as refei��es e em �reas compartilhadas”, ressalta.
“Al�m disso, � importante que seja revisado se a instala��o obedece mesmo todos os protocolos de seguran�a – distanciamento social de ao menos dois metros e uso obrigat�rio de m�scaras de prote��o, por exemplo –, principalmente durante as refei��es e em �reas compartilhadas”, ressalta.
Quarentena
No retorno, os cuidados devem ser os mesmos e, ainda, h� a necessidade de que a quarentena – isolamento social por 14 dias – seja respeitada.
“Quando se retorna � terra natal pode se ter um per�odo de incuba��o do v�rus entre quatro e sete dias, podendo se desenvolver os sintomas ap�s esse per�odo. Ent�o, o ideal � observar se haver� sintomas e cumprir a quarentena”, explica o infectologista do Grupo Oncocl�nicas.
“Quando se retorna � terra natal pode se ter um per�odo de incuba��o do v�rus entre quatro e sete dias, podendo se desenvolver os sintomas ap�s esse per�odo. Ent�o, o ideal � observar se haver� sintomas e cumprir a quarentena”, explica o infectologista do Grupo Oncocl�nicas.
Al�m disso, o especialista ressalta a import�ncia de que, neste per�odo, o contato com pessoas consideradas como do grupo de risco – hipertensos, diab�ticos e card�acos, por exemplo –, seja evitado.
* Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram