
A Leila de Totalmente demais foi a primeira personagem declaradamente feminista de Carla Salle na televis�o. Para a atriz, a trama da estudante de jornalismo � importante por oferecer a possibilidade de inspirar outras mulheres a se libertarem. No in�cio da novela das 19h da Globo, exibida em edi��o especial por conta da pandemia do coronav�rus, a jovem ativista tinha um relacionamento com Fabinho (Daniel Blanco), que terminou ap�s o comportamento possessivo do rapaz.
"Atrav�s de hist�rias de outras mulheres, descobrimos que n�o estamos sozinhas, nos inspiramos umas com as outras e assim caminhamos em dire��o a objetivos que compartilhamos, como a igualdade, o respeito e a liberdade", observa Carla.
Na atual fase da novela, Leila est� namorando Jonatas (Felipe Simas). No entanto, a sombra de Eliza (Marina Ruy Barbosa) ainda existe na rela��o, o que deixa a funcion�ria da revista Totalmente Demais enciumada. Apesar da rivalidade entre elas no amor, ambas agem de forma digna, na opini�o de Carla. No fim do folhetim, a estudante perceber� que o namorado n�o consegue esquecer a ruiva e terminar� o relacionamento. Depois, acabar� se apaixonando por Rafael (Daniel Rocha) e viajando o mundo ao lado do fot�grafo.
"Leila e Eliza s�o personagens livres e decididas a conquistar seus objetivos, sem trapa�as. As pessoas me disseram esses dias que ela � 'prafrentex' e deduzi que isso significa que Leila foge dos padr�es, inspira novas ideias", ressalta.

PLANOS ADIADOS Com a pandemia do novo coronav�rus, foi inevit�vel para Carla adiar alguns planos profissionais. A atriz j� estava gravando a s�rie Mal secreto (Globoplay), quando tudo foi paralisado. Dirigida por Mauro Mendon�a Filho, a produ��o acompanhar� o dia a dia de um renomado psiquiatra forense do Brasil, interpretado por Sergio Guiz�. "Est�vamos na primeira semana de filmagem quando tudo foi suspenso, por tempo indeterminado e motivos de seguran�a", conta.
Para Carla, durante o per�odo de isolamento social, quest�es pol�ticas e sociais t�m sido levantadas. A atriz avalia que o fato de a popula��o estar confinada em casa na tentativa de se proteger leva todos a encararem este momento hist�rico com mais aten��o.
"Tenho lido muito, me informo, ou�o, vejo mulheres, jovens, artistas negros ocupando as redes sociais, apresentando novas maneiras de cria��o, novos formatos e narrativas, e isso me d� esperan�a no futuro. Tor�o pra sairmos disso mais conscientes, informados e emp�ticos", afirma. (Estad�o Conte�do)