
"Esse trabalho (em "Malha��o: Sonhos") tem tanto valor que coloquei como nome do meu filho (ca�ula) o mesmo do personagem (Gael)""
Eriberto Le�o se sente grato pela oportunidade de ter dado vida ao mestre Gael de “Malha��o: Sonhos”, reprisada atualmente na Globo. Na novela teen, escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, o professor de muay thai parece "casca grossa". Mas, no fundo, � um homem sentimental quando se trata das filhas – Bianca (Bruna Ham�) e Karina (Isabella Santoni), e da amada Dandara (Emanuelle Ara�jo). Para seu int�rprete, esse projeto mostra n�o s� a sua evolu��o, como tamb�m a de seus colegas de elenco.
Na entrevista a seguir, o ator, que tem 48 anos e nasceu em S�o Jos� dos Campos, no interior de S�o Paulo, fala do peso que “Malha��o: Sonhos” teve na sua trajet�ria pessoal e art�stica. Al�m disso, relembra alguns momentos especiais dos bastidores; cita uma cena inesquec�vel e comenta sobre que mensagem essa temporada da novela traz ao p�blico

Qual o significado do Gael de “Malha��o: Sonhos” na sua carreira?
N�o sei se eu diria novo f�lego na carreira, mas Gael entra como uma continuidade de um trabalho, com um personagem mais velho do que estava acostumado a fazer, pai de duas meninas. Ele me trouxe maturidade como ator e pessoa. Quando fui convidado pelo Luiz (Henrique Rios, diretor), falei que tinha de me apaixonar pelo papel e isso aconteceu j� no primeiro par�grafo (do texto). Esse trabalho tem tanto valor que coloquei como nome do meu filho (ca�ula) o mesmo do personagem. Os atores, autores, dire��o, todos me ensinaram muito. Sou grato ao universo por ter estado em “Malha��o: Sonhos”.
Como eram os bastidores?
Tinham aquelas rodas de viol�o com as can��es. Amo todo mundo do elenco e sei que tamb�m sou amado. Acredito que o amor � a �nica revolu��o verdadeira. Quando junta esse sentimento aos sonhos, a gente � capaz de mudar o mundo. N�o sei se o Luiz (diretor) sabe dessa hist�ria, mas encontrei a minha cachorra, a Gaia, l� nos est�dios Globo.
Que mensagem voc� acha que Gael e companhia passam para o p�blico?
Nesse trabalho, a gente consegue provar que a vida � sonhada atrav�s da nossa arte. Uma frase do Raul Seixas (1945-1989) rege a minha vida: "Sonho que se sonha s� � s� um sonho que se sonha s�. Mas sonho que se sonha junto � realidade".
Que cena desse projeto foi inesquec�vel para voc�?
Uma cena muito importante � a do nascimento do beb�, Miguel. A gente estava na fase final da novela, j� tinha trilhado uma longa jornada e a fam�lia que se formou na nossa equipe foi simbolizada de uma forma muito bela, com todo mundo abra�ado no nascimento de um beb�, que � a esperan�a. Mas esperan�a do verbo esperan�ar do Paulo Freire, que � diferente. N�o � esperar, mas lutar, correr atr�s, acreditar. � acordar todo dia e pensar que o �ltimo dia f�cil foi ontem e que vamos vencer, porque n�s somos a pr�pria evolu��o. (Estad�o Conte�do)