
De acordo com a atriz, a m�e das princesas Leopoldina (Melissa N�brega/Bruna Griphao) e Isabel (Any Maia/Giulia Gayoso) � admir�vel.
“Descobri uma mulher que valorizava a cultura e tinha um amor pelo Brasil que a fez adoecer ao ser mandada embora do pa�s. Morreu de tristeza e saudade. Teresa Cristina foi realmente apaixonada pelo Brasil e se tornou 'm�e dos brasileiros'. Recebeu essa alcunha dos escravos por ser uma pessoa que alforriava em pra�a p�blica", comenta Let�cia.
Na trama de Alessandro Marson e Thereza Falc�o, a imperatriz demonstra, desde o primeiro cap�tulo, interesse por arqueologia. Na vida real, Teresa Cristina era propriet�ria da cole��o exibida pelo Museu Nacional. Apenas 30% desse material foi recuperado ap�s o inc�ndio em setembro de 2018.
Parte das pe�as foi resgatada pela imperatriz em escava��es de Pompeia, Herculano e Veio, cidades soterradas pela erup��o do vulc�o Ves�vio no ano de 79. Por isso, Leticia Sabatella questiona a vis�o que as pessoas costumam ter de sua personagem.
''Teresa Cristina foi realmente apaixonada pelo Brasil e se tornou 'm�e dos brasileiros'. Recebeu essa alcunha dos escravos por ser uma pessoa que alforriava em pra�a p�blica"
Leticia Sabatella, atriz
CONFISCO
“Teresa Cristina sofreu com o fim do Imp�rio, com o confisco das imagens dela e de dom Pedro II. Virou figura meio apagada. Mas, poxa, como uma pessoa que estudava arqueologia, que se responsabilizava pela escava��o de s�tios arqueol�gicos importantes e tinha uma cole��o dentro do museu pode ser tratada como algu�m ignorante? Ela lia muito, tentava se aproximar do povo e gostava de artes”, observa a atriz
O folhetim se passa entre 1856 e 1870, quando esposas submissas eram algo comum. Embora Teresa Cristina cumprisse seus deveres como imperatriz com discri��o, a novela tamb�m mostra o lado mais passional da personagem, como as discuss�es com dom Pedro II e o inc�modo com a presen�a de Lu�sa, a condessa de Barral (Mariana Ximenes), amante do marido.
As grava��es da novela come�aram antes de a pandemia de COVID-19 chegar ao Brasil, em mar�o de 2020. As filmagens foram paralisadas at� novembro, quando foram retomadas, mas em ritmo mais lento e com uma s�rie de novos protocolos.
Segundo Leticia Sabatella, trabalhar durante esse per�odo lhe trouxe reflex�es sobre a forma como o Brasil vem sendo conduzido pelo governo.
“Todos n�s est�vamos confinados. Foi essa mistura de viver o momento na aus�ncia de um estadista. Penso na condi��o dos negros que se repete, com persegui��es em massa, esse genoc�dio instaurado em tantos aspectos, principalmente dos pobres e negros. Estamos contando de onde vem essa origem escravocrata (do pa�s). � ainda um estigma. N�o trouxemos igualdade”, declara.