
Bruna Linzmeyer reconhece e respeita a import�ncia de “Pantanal”. N�o s� pelo sucesso da obra original de Benedito Ruy Barbosa, exibida pela extinta Rede Manchete em 1990, mas tamb�m pela magnitude da forma como a natureza se apresenta na regi�o. Na primeira fase da trama das 21h da Globo, a atriz interpreta a provocante Madeleine, que se casa com Jos� Le�ncio (Renato G�es/Marcos Palmeira).
"Fiquei investigando essa ang�stia que Madeleine sente. A personagem se pergunta o que est� fazendo l� e aquele lugar representa uma pris�o para ela, uma solid�o muito grande. Existia essa sensa��o poderosa na loca��o, que ajuda o trabalho a acontecer. O Pantanal traz esse poder e for�a. O respeito � por esses encantados que vivem naquela terra. Ent�o, pedi permiss�o para acessar essas energias. Tenho uma cren�a espiritual grande", relata.
Segundo Bruna, a viagem para gravar no Pantanal contribuiu de forma positiva. Al�m das imagens exuberantes da natureza, filmar na regi�o possibilitou que o elenco tivesse um conv�vio intenso. Por conta disso, a atriz se aproximou ainda mais de Malu Rodrigues, int�rprete de Irma na primeira fase. Assim, as duas se uniram para construir a complexa liga��o das irm�s na trama.

PARADOXOS
"Essa rela��o � intensa e paradoxal. Ao mesmo tempo em que se amam muito, t�m inveja. Lembro-me da nossa prepara��o: a gente fazia uns ensaios, tinha a coisa de querer estar perto, mas a raiva dessa proximidade. Recordo-me tamb�m quando est�vamos no est�dio e vimos a Irma e a Madeleine da segunda fase, interpretadas por Camila Morgado e Karine Teles, vestidas com o figurino. Foi emocionante", conta.Natural de Corup�, Santa Catarina, Bruna cresceu no interior e viveu essa realidade at� os 17 anos. Com isso, reconheceu semelhan�as da cidade em que morou com o local de grava��es no Mato Grosso do Sul. Apesar de serem �reas diferentes, a int�rprete de Madeleine identificou quest�es sociais iguais. E tamb�m procurou conhecer melhor as mulheres de l�, ao lado da atriz Leticia Salles, a Fil� da primeira parte do folhetim.
"Tinha uma vila aonde a gente ia nos dias de folga e sentava no banquinho. As pessoas nos recebiam e, assim, conhecemos as Fil�s e Madeleines. Encontramos essas personas das personagens na vida real e volt�vamos caminhando para a fazenda. Ouvimos muitas hist�rias e recebemos carinho das pessoas, que nos acolhiam em suas varandas", revela.
PERRENGUE

"O maior perrengue, talvez, tenha sido abrir e fechar as porteiras e os deslocamentos de todos os dias. Fiquei impressionada com o n�vel de produ��o. A parte dos jacar�s � linda demais. J� a ariranha gerava uma situa��o tensa. Quando ela passava, eu sa�a do rio. L�, n�s �ramos os intrusos", afirma.