
Duas vizinhas – separadas por um muro –, inimigas mortais desde a juventude, vivem em p� de guerra. O conflito entre Guiomar, de 70 anos, e Terezinha, de 68, teve origem h� 50 anos e conseguiu dividir at� mesmo os moradores da fict�cia Ibiaci, cidade do interior de Minas, e que se acostumaram com os apelidos das famosas rivais: Encrenca e Marmota.
Ser� que a chegada de um novo padre e a realiza��o do tradicional Auto de Natal v�o mudar essa realidade? � o que vai mostrar a com�dia “Comadres”, de Renata Sette, que estreia no pr�ximo s�bado (24/12), v�spera de Natal, na Globo, depois do “Rol� nas Gerais”.
As atrizes Magdale Alves (Guiomar) e Rita Clemente (Terezinha) d�o vida � hist�ria permeada por emo��es, humor e surpresas. “Como essa confus�o vai terminar? � preciso assistir at� o fim e torcer para que venha um milagre de Natal”, brinca Breno Nogueira, produtor-executivo de “Comadres”, realiza��o da Globo Filmes em parceria com a produtora Dromed�rio.
Parte da cidade fict�cia de Ibiaci, onde a hist�ria se passa, �, na verdade, a regi�o do Aeroporto da Pampulha. Duas casas da Infraero serviram como cen�rio para as resid�ncias das duas protagonistas. A Pra�a Bagatelle recebeu o Auto de Natal e a �rea externa do aeroporto se transformou na rodovi�ria da cidade.
Al�m do bom humor, a hist�ria tamb�m traz temas importantes como reconcilia��o, sororidade e protagonismo feminino. “O filme deixa a mensagem de que polariza��o � uma bobagem, porque cada um tem o seu pensamento e o respeito deve ser m�tuo”, diz Magdale Alves, que atuou em "Amaz�nia", de Gloria Perez, e “Em fam�lia", de Manoel Carlos.
Rita Clemente, a Terezinha, concorda com a rival no filme. “'Comadres' passa mensagem muito clara sobre o quanto o �dio entre pessoas pode arruinar projetos, fam�lias e uma comunidade inteira. O filme oferece muitas outras reflex�es, tudo com muito humor, o que � o melhor”, diz a atriz e diretora, que atuou no seriado “A cura” e fez parte do elenco das novelas “A vida da gente”, “Amor � vida” e “Liberdade, Liberdade”, todas da Globo.
Armadilhas
“Comadres” tamb�m aponta, de um jeito leve e preciso, para o machismo e a forma como ele est� impregnado na estrutura social. “O filme aborda a armadilha do machismo estrutural sobre a competi��o feminina, t�o estimulada na nossa sociedade. � tamb�m por uma personagem feminina que isso � denunciado: Nat�lia, a neta de uma das protagonistas, apresenta a elas e ao p�blico o conceito de sororidade”, afirma Pilar Fazito, roteirista.