
Amor não aceita fronteiras
Homem e mulher que se gostam e resolvem morar juntos não precisam de mais do que amor. São aceitos totalmente na sociedade, o que não era comum antigamente
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Nada melhor do que a vida acompanhar o progresso do mundo, sem, entretanto, perder sua identidade. Uma das coisas mais importantes surgidas nos últimos tempos é o valor da bênção dada a casais por amigos. Não tem valor legal, mas sentimental. Quem já conta com o testemunho da lei recebe ali a prova de aceitação entre as pessoas queridas.
Está cada vez mais constante o que poderíamos chamar de “terceiro casamento”, uma forma de ratificar o vínculo da união legal, reforçando a proposta da vida a dois baseada no amor. Isso vem ocorrendo entre casais jovens, que promovem reuniões de amigos para que assistam a essa prova de amor. Não são poucas as reuniões desse tipo realizadas nos últimos tempos.
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Quando me casei (em casa, não foi na igreja porque meu marido era divorciado), quem leu a mensagem da Bíblia foi minha prima querida, Isabela. Para quem não se liga a acontecimentos que regem a estrutura de um casal, esse tipo de fortificação da união não tem muita importância. Mas, na verdade, tem grande valor espiritual.
Em muitos casos, essa bênção funciona no lugar da bênção oficial. O casal se casa em cartório, abre mão da cerimônia religiosa. Como tenho família grande e incontáveis conhecidos, fico sabendo de vários desses casamentos domésticos.
O casamento como cerimônia civil, com valor na lei, tem se afastado bastante do que era obrigação antigamente. Homem e mulher que se gostam e resolvem morar juntos não precisam de mais do que o amor para serem considerados um casal. São aceitos totalmente na sociedade, o que não era comum antigamente.
Não sei claramente de onde vem a mudança, mas certo é que ela só acrescenta, mesmo que se deixe de lado o que foi sacramentado ao longo dos chamados tempos modernos. Quando era jovem, conheci muitos casais que não eram aceitos em casas de família, mas jamais se tocava no fato de não estarem legalmente unidos. Este preconceito felizmente acabou. Uniões que não passaram pela igreja ou pelo cartório são aceitas da mesma forma. Até mais calorosamente, porque o importante na vida é o amor.
Não falo só do amor entre casais, mas a tudo que nos cerca. Conheço incontáveis pessoas que amam pets como se fossem filhos: os recebem no coração, são carregados nos braços como crianças queridas.
Aliás, nesse ponto desculpo as mulheres que tratam “filhos bonecos”, o tal bebê reborn, como se fossem criaturas nascidas de seu próprio útero. A necessidade que sentimos de amor não aceita fronteiras, pois o coração enriquece nossa vida.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.