Vale recompra debêntures da privatização em operação bilionária
A mineradora iniciou a recompra de debêntures perpétuas de 1997, que podem atingir US$ 3,07 bilhões, para reduzir passivos e otimizar seu fluxo de caixa
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A Vale deu início a um programa de recompra de debêntures perpétuas emitidas em 1997, no processo de privatização da companhia. A operação, que depende da obtenção de financiamento pela mineradora, pode chegar a US$ 3,07 bilhões, caso todas as 388,6 milhões de unidades em circulação sejam adquiridas e canceladas. A proposta prevê o pagamento de R$ 42 por título da 6ª emissão, sendo apenas R$ 0,01 de valor nominal, o restante referente a correção e prêmio – um retorno equivalente a 52.400% sobre o valor atualizado.
Esses papéis, conhecidos por oferecer remuneração atrelada à receita da Vale, tornaram-se um passivo significativo. Os investidores recebem 1,8% do faturamento líquido de minério de ferro e 1,25% da receita do concentrado de cobre de Sossego (PA), após o cumprimento de certos marcos de produção. Como a empresa superou em abril a marca de 1,7 bilhão de toneladas vendidas nas jazidas do Sistema Sudeste, as debêntures passaram a gerar pagamentos adicionais. Apenas no primeiro semestre de 2025, os prêmios somaram R$ 598 milhões, e, desde 2020, os desembolsos da mineradora ultrapassam R$ 8,5 bilhões.
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Segundo a Vale, a recompra busca “otimizar a estrutura de capital” e reduzir custos com a gestão de passivos financeiros. O cancelamento dos títulos adquiridos permitirá maior previsibilidade ao fluxo de caixa, já que as debêntures perpétuas vinham representando despesas crescentes. Os investidores interessados em vender devem manifestar-se até as 19h20 de 31 de outubro, informando a quantidade de papéis a alienar.
São Gonçalo e Senai inauguram laboratório em homenagem a José Fernando Coura
O município de São Gonçalo do Rio Abaixo e o Senai inauguraram na última sexta-feira (3/10) o Senai Lab e reinauguraram o Centro de Educação Profissional José Fernando Coura, homenageando o empresário pela sua contribuição à indústria e à formação técnica. Com 15 anos de atuação, a unidade passa a oferecer cursos de robótica, automação e impressão 3D, além dos já existentes em eletricidade, ampliando as oportunidades de capacitação para jovens da região.
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O novo laboratório foi viabilizado por meio de parceria entre a prefeitura e o Senai, com recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico – alimentado por parte da Cfem proveniente da mina de Brucutu, da Vale. Em setembro, o município arrecadou R$ 22,6 milhões com a Cfem, destinando 15% ao fundo, que financia projetos de diversificação econômica, infraestrutura e atração de novos investimentos para garantir a sustentabilidade da cidade além da mineração.
R$ 30 milhões
É o montante previsto dos investimentos da Samarco em Anchieta e Guarapari. Os valores anunciados pela empresa têm por objetivo a melhoria da infraestrutura urbana, serviços públicos e a sustentabilidade ambiental em Anchieta, Guarapari e na Lagoa de Mãe-Bá, no litoral sul do Espírito Santo.
"A mineração é uma atividade que faz parte do nosso dia a dia, é difícil pensar nossa vida sem o que ela proporciona. Acredito que temos que enxergá-la como necessária, sim, mas ela precisa ser sustentável, equilibrada e adequada ao mundo de hoje, em que estamos lidando com desafios de escassez dos recursos naturais, que são finitos. O meio ambiente e o homem precisam estar em equilíbrio, temos falado disso há um bom tempo, e a mineração é parte crucial dessa discussão. É responsabilidade das empresas, governos e de toda a sociedade tomar parte desse debate e trabalhar em conjunto para lidarmos com essa realidade que vivemos"
João Marcelo
Prefeito de Nova Lima
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.