União e PP avaliam deixar a campanha de Simões
Outra questão que está pesando seria o baixo desempenho do atual vice-governador nas pesquisas de intenção de voto e sua rejeição no meio político
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Por conta da influência nacional e pela baixa competitividade, os partidos União Brasil e PP, que estão federados, avaliam desembarcar da pré-candidatura de Mateus Simões (PSD) ao governo de Minas. Um dos presidentes da federação, Antônio Rueda (União), havia se entendido com o vice-governador, mas já busca alternativas. Nessa reavaliação, os nomes mais cotados são do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) e do ex-procurador-geral de Justiça Jarbas Soares (sem partido).
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Do ponto de vista nacional, a influência vem da reaproximação do União com o governo federal, ao qual Rueda indicou o nome de Gustavo Feliciano para o Ministério do Turismo. Com isso, o partido deve permanecer no governo e voltar ao palanque da reeleição de Lula (PT) em 2026, aliança incompatível com o pré-candidato a governador Mateus Simões.
Outra questão que está pesando seria o baixo desempenho do atual vice-governador nas pesquisas e sua rejeição no meio político. Ambos os partidos têm noção de seu potencial pelo tempo de TV e rádio que podem oferecer e negociar com quem irão apoiar. Mateus Simões depende do recurso da comunicação para ficar conhecido, mostrar o que tem e o que seu padrinho, Romeu Zema (Novo), fez.
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Da mesma forma, enfrentar Simões também vai carecer do precioso tempo na telinha. Aliados de Rueda estão sondando as chances dos nomes citados. Se confirmado o desembarque, o vice-governador abre o ano eleitoral de 2026 com baixa significativa. O PP é o partido do secretário da Casa Civil do governo Zema, Marcelo Aro, que é pré-candidato a senador na chapa de Simões.
Esperando o quê?
Outro problema para Simões é a sua porção bolsonarista. Ele chegou a fazer festa para o ex-presidente em Belo Horizonte, buscando seu apoio na eleição. Dele só ganhou, por enquanto, a ridícula medalha de “imbrochável”. Agora, que o filho 01, Flávio Bolsonaro (PL), virou pré-candidato a presidente, Simões ainda não se manifestou. Se não aderir, vai perder o apoio eleitoral dos seguidores do ex-presidente e aquele título ficará invalidado.
Esperando Tadeuzinho
O deputado estadual João Magalhães adiou a decisão de trocar o MDB pelo PSD, para onde estão indo os governistas. Antes de líder do governo Zema, é aliado do presidente da Assembleia, Tadeu Martins Leite (MDB), e viu nos olhos dele um brilho de quem estaria animado a ser candidato a governador. Na avaliação de parlamentares, uma candidatura de Tadeuzinho, como é mais conhecido, pode rachar a base governista e até o PSD.
Trapalhada adia imóveis
O governo Zema ficou aborrecido com um aliado que provocou o adiamento da votação do projeto que o autoriza a vender mais de 200 imóveis estaduais. O ex-líder e ex-secretário, Gustavo Valadares (PSD), apresentou emenda em outra matéria e a aprovou contra a orientação do presidente Tadeu Martins Leite, que reagiu tirando de pauta o projeto dos imóveis. Agora, o texto do governador só volta à votação no ano que vem, depois que Zema vetar a emenda que mexe na área do Fisco estadual. Além de Tadeu e Zema, cada um por razões diferentes, quem também ficou irritado foi o empresário Salim Matar, que é interessado nos imóveis.
Fora de órbita
Em sua pré-campanha para governador, o vice Simões postou vídeo no qual acusa o governo federal de “roubar” o terreno, o prédio e o hospital de Divinópolis (Centro-Oeste). O ataque foi feito depois que a Assembleia Legislativa aprovou, com voto do líder do governo e da base governista, o projeto da deputada Lohanna França (PV), que faz a doação do hospital ao governo federal e o transforma em universitário sob a direção da Universidade Federal de São João del Rei. Zema também apoiou a medida e deverá sancionar o texo ao lado de outro deputado estadual, Eduardo Azevedo (PL), irmão de Cleitinho, ignorando a autora, que fez vídeo rebatendo Simões. Antes da União, o governo estadual já havia tomado o hospital que pertencia ao município de Divinópolis.
Damião põe Aro na PBH
Pela 1ª vez um prefeito de BH vai tirar 30 dias de férias e em pleno janeiro, mês de riscos e chuvarada. Vai ocupar a cadeira de Álvaro Damião, seguindo a linha sucessória, o presidente da Câmara, Juliano Lopes (Podemos), um dos mais fiéis da Família Aro, seguidores de Marcelo Aro, secretário da Casa Civil de Zema, no Legislativo municipal. “Não tenho medo de chuvas. Já fui juiz de futebol de várzea e apitei jogos com jogador armado”, disse Juliano.
Grande acordo do Brasil
Depois da União Europeia, o Brasil precisa fazer um acordo consigo mesmo. “Não é hora de o Brasil escolher lados, mas costurar alianças diversas. Há, hoje, um verdadeiro renascimento do Oriente Médio. Aquilo que está acontecendo, pela força econômica dos Emirados Árabes, do Qatar, da Arábia Saudita, é muito transformador e importante para nós”, afirmou Marcos Troyjo, ex-presidente do banco dos Brics. O economista apresentou, no dia 18 passado, análise sobre as perspectivas econômicas para 2026 em evento realizado pelo Lide MG, reunindo lideranças empresariais e do setor público. A abertura foi feita pela presidente do grupo, Patrícia Leiva, e contou, ainda, com palestras do procurador-geral de Justiça de Minas, Paulo de Tarso; e do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
