Banda Maglore é a atração de hoje no Mercado Distrital
No show desta sexta (11/7) em Belo Horizonte, o grupo que surgiu na Bahia e se radicou em São Paulo repassa os 15 anos de carreira, com músicas dos cinco álbuns
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Siga noFoi uma noite que não dá para esquecer. Vinte pessoas na plateia, relembra Teago Oliveira, sobre a estreia da Maglore em Belo Horizonte. Isso aconteceu na Obra, em 2010, quando o quarteto baiano não tinha nem um ano de estrada. O público, ínfimo, foi só um detalhe. Naquela ocasião, Teago, que era fã do Diesel (na época, Udora), conheceu dois integrantes da primeira formação da banda mineira: o baixista TC e o guitarrista Leo Marques.
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Começava ali uma relação muito próxima com a banda e os músicos de BH. Quinze anos depois, com cinco discos de estúdio (o mais recente deles, “V”, com capa inspirada em “A hard day’s night”, dos Beatles), a banda baiana, há muito radicada em São Paulo, retorna à capital mineira para celebrar uma década e meia de história. O show será nesta sexta-feira (11/7), no Distrital.
A partir do terceiro disco, (“III”, de 2015), Leo Marques passou a produzir os álbuns do grupo. As vindas constantes na cidade geraram também algumas parcerias. Na verdade, Teago só tem parceiros mineiros: Luiza Brina e Luiz Gabriel Lopes. E foram vários shows na cidade, boa parte deles na Autêntica. A lembrança da estreia, com plateia de contar nos dedos, ficou para trás. Show da Maglore é com casa cheia.
“Música feliz”
“A gente está pegando o repertório inteiro, do primeiro até o último. Tem as mais pedidas e também as não ouvidas, aquelas quatro que só uns querem”, comenta ele. Alguns lados B estão em “Vamos pra rua” (2013), como “Espelho de banheiro”. “O pessoal gosta mais de música de amor, música feliz, mas temos que atender todo mundo.” O som é uma feliz mistura entre rock, música brasileira, indie, alegre e triste, em boa medida.
Da formação que nasceu em Salvador, só Teago (voz e guitarra) continua. O guitarrista Lelo Brandão, também dos primeiros tempos da Maglore, já foi e voltou duas vezes. A banda se completa com o baixista Lucas Gonçalves e o baterista Felipe Dieder.
“Às vezes fica parecendo pretensioso, mas não é. Minha ideia quando começamos com a banda era exatamente a de viver da música. Apostei minhas fichas em tudo, então eu tinha que acreditar que ia dar certo”, conta Teago, a respeito dos primeiros tempos. Não foi fácil, ele admite. Em 2012, o grupo trocou Salvador por São Paulo. Foi um pouco depois disso que Teago viu que a banda havia vingado.
RECONHECIMENTO
“Em Salvador já tínhamos um termômetro legal, muita gente nos shows. Quando mudamos, passamos um ano e meio difíceis. Até que lançamos o terceiro disco, e o público começou a chegar”, conta. Esse trabalho foi realmente o divisor de águas. Com canções como “Mantra”, “Dança diferente” e “Ai ai”, a Maglore teve reconhecimento de público e crítica.
Teago é um compositor prolífico, mas tem muita coisa inacabada na gaveta. “Quando preciso fazer música sob encomenda, é meio devagar. Nunca atendo às expectativas, pois posso levar um, dois meses.” Mas suas canções caíram no gosto dos grandes. Erasmo Carlos registrou “Não existe saudade nos cosmos” no álbum “Amor é isso” (2018). Um ano depois, foi a vez de Gal Costa, que gravou “Motor” (que a Maglore tinha lançado em “Vamos pra rua”) no disco “A pele do futuro – Ao vivo”. Essa canção também foi gravada por Pitty.
A veia autoral acabou levando o vocalista e guitarrista a se aventurar na carreira solo. Lançou o seu álbum de estreia, “Boa sorte”, em 2019. Nesta semana, deve colocar no ar um novo single, “Ontem”. “A banda vai adquirindo vida própria e as vontades dos integrantes são coletivas. É bom entender essas vontades, mas é legal também ter outros trabalhos, fazer coisas diferentes. Senti que depois do meu primeiro, consegui me aprimorar na própria Maglore, entender melhor o som da banda”, diz.
MAGLORE
Show nesta sexta (11/7), a partir das 21h, no Distrital (Rua Opala, s/n, Cruzeiro). Participação da banda Dona Clara e DJ Crase. Ingressos: a partir de R$ 70, no Sympla.
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Outros shows neste fim de semana
>>> LUAN CARBONARI
Luan Carbonari é atração de sábado (12/7), às 20h30, na Casa Outono (Rua Outono, 571, Bairro do Carmo). Ingressos a R$ 60, à venda no Sympla. O artista faz parte do projeto “Uma canção para Tom Zé”, dirigido por Ana Beatriz Nogueira, e se apresentou com Jão no Prêmio Multishow.
>>> ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Concerto “Serenatas e serestas”, sob a regência do maestro José Soares. O programa destaca clássicos de Mozart e Tchaikovsky, como também as serestas “Oh, Minas Gerais” e “Peixe vivo”. Nesta sexta (11/7), às 20h, na Praça Orides Parreira, em Brumadinho.
>>> O GRIVO
O duo de música experimental formado pelos músicos e compositores Marcos Moreira e Nelson Soares apresenta o concerto “Plano de voo” neste domingo (13/7), às 17h, no Teatro Feluma (Alameda Ezequiel Dias, 275, Centro). Entrada franca. Ingressos devem ser retirados no Sympla.
>>> DELACRUZ
O rapper faz show de “Vinho”, seu álbum mais recente.O trabalho traz uma mistura de rap, R&B e soul e teve participação de Iza, MC Cabelinho, Gaab e Lukinhas. Deladruz apresenta-se neste sábado (12/7), no Terrazzo (Rua Gabriela de Melo, 367, Olhos d’Água). A casa abre às 20h. Ingressos: A partir de R$ 80 em delacruztourvinho.com.br
>>> DOUGLAS FELIPE
O cantor, compositor e multi-instrumentista apresenta o show “Afro”, do álbum homônimo, acompanhado por um octeto. A apresentação será neste domingo (13/7), às 14h, no Parque Lagoa do Nado (Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904, Itapoã). Entrada franca. Depois da estreia, Douglas Felipe fará outros quatro shows, de 20 de julho a 31 de agosto, em outros espaços de BH. Informações no Instagram do artista: @douglasfelipeoficial