Brasil BH 2025, que ocupa a Esplanada do Mineirão neste sábado (12/7), o Dia Mundial do Rock inspira também uma apresentação da Orquestra Opus, acompanhada por Dado Villa-Lobos, executando repertório da Legião Urbana. O show será realizado amanhã, no Grande Teatro do Sesc Palladium.
Regente e diretor artístico da Opus, Leonardo Cunha destaca a possibilidade de curtir a música da banda brasiliense no conforto de um teatro. “Eu, por exemplo, prefiro evitar a multidão, então não iria no Prime Rock”, diz. Essa não é a primeira vez que a Orquestra se junta ao guitarrista para executar o repertório da Legião – entre 2017 e 2019, se apresentaram algumas vezes em BH e em cidades do interior de Minas.
Leia Mais
“A primeira vez que fizemos um concerto com Dado Villa-Lobos também foi nas proximidades do Dia Mundial do Rock (celebrado em 13 de julho), então, sempre que essa data se aproxima, é o nome dele que nos vem à cabeça”, afirma.
O maestro destaca o “repertório encantador, que marcou a vida da turma com pouco mais de 40 anos” e adianta que músicas como “Pais e filhos”, “Tempo perdido”, “Será”, “Quase sem querer”, “Ainda é cedo” e “Índios” não podem ficar de fora do roteiro de um show que aborda a obra da Legião Urbana. Ele mesmo sugeriu a inclusão de duas músicas da lavra do convidado em carreira solo, “7 x 1” e “Filho”, com a qual diz se identificar por questões pessoais.
Participação do público
Leonardo Cunha conta que o concerto reserva um momento de homenagem. “Quando a gente toca ‘Monte Castelo’, Dado Villa-Lobos não canta. É a hora em que convido a plateia a cumprir essa função, baixando um telão em que a letra da música fica passando. É um momento emocionante do espetáculo, com essa participação do público”, afirma, revelando por tabela que, nos concertos com a Opus, Dado não apenas toca guitarra, mas também assume o papel de vocalista.
“Ele fala que não é cantor, o que é compreensível quando a comparação é com Renato Russo, mas puxa as músicas e acaba que todo mundo canta junto o tempo todo”, diz. Dado conversou com o maestro sobre as canções da Legião com as quais se sente mais confortável. Ele diz que os grandes sucessos populares da banda são inevitáveis, mas pediu que o roteiro incluísse músicas como “Sete cidades” e “Quando o sol bater na janela do seu quarto”.
“É um repertório muito bem pensado, bem bolado e bem encadeado. Leonardo criou, a partir de nossas conversas, arranjos em uma sequência muito interessante. Tenho as bases das apresentações que fizemos antes da pandemia, então estou me reabituando a elas”, diz o guitarrista. “É como vestir uma roupa diferente daquela que você usa no dia a dia”, compara. Para Dado, apresentar-se acompanhado de uma orquestra é uma experiência ao mesmo tempo desafiadora e maravilhosa.
“Estou acostumado a ter uma bateria berrando ao fundo, o baixo, os violões, os teclados, e, nesse formato orquestral, a energia é completamente outra, diferente de uma banda de rock, algo mais etéreo. Para funcionar, é preciso se habituar e perceber onde você está, então requer ensaio”, diz.
“Aprendo muito estando ali com os caras, no sentido de poder sentir a música de outra forma. Esse é o desafio. A maravilha é você ter suas canções com essa vestimenta, porque não é toda hora que você dispõe de uma orquestra para subir ao palco.
Novo álbum
Oito anos depois de seu último disco em carreira solo, “Exit” (2017), Dado Villa-Lobos se prepara para lançar um trabalho de inéditas. “O que você quiser” traz 11 músicas nas quais ele vem trabalhando desde meados da pandemia, ao lado de produtores como Kassin e Estevão Casé. “Acabamos de mixar e estamos pensando numa estratégia de lançamento, uma forma maneira de soltar isso até o fim do ano. Apresentar os singles pouco a pouco ou criar vídeos para acompanhar as músicas são algumas possibilidades”, diz.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
ORQUESTRA OPUS CONVIDA DADO VILLA-LOBOS
Neste sábado (12/7), às 21h, no Grande Teatro do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro). Ingressos para as plateias 2 e 3 a R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia), à venda na bilheteria e no Sympla (os ingressos para a plateia 1 já estão esgotados).
Outros shows
>>> PUB SUBTERRÂNEO
Nesta sexta-feira (11/7), às 20h30, no Underground Black Pub (Av. Itaú , 540, Dom Cabral), apresentam-se as bandas Dona Odeth, Big Ones e M8, com o melhor do rock and roll. No sábado (7/12), a partir das 13h, além do Encontro de Carros Antigos, show com as bandas Metanol, Ponto 80, Honey Bomb, Putz Grilla e Texas. No repertório, clássicos do rock nacional e internacional. Entrada franca até as 21h (na sexta) e 21h30 (no sábado).
>>> OLHOS D’ÁGUA
Com clássicos do rock nacional, a banda Biquíni no Paralama abre a noite na Cervejaria Monka (Rua Nossa Senhora de Lourdes, 111, Bairro Olhos D’Água), nesta sexta-feira (11/7), às 21h. No sábado (12/7), a partir das 13h, sobe ao palco a banda Trinca de 3, com Mamélia (Chevette Hatch) e André Alvarenga (Putz Grilla), seguida por The Miners, com sucessos do rock e pop internacional, e o cantor Bauxita. Encerrando o evento, no domingo (13/7), às 14h, o cantor Mário Mello, vocalista da banda Chevette Hatch. Ingressos a R$ 20 (tarde) e R$ 30 (noite). Mais informações: 99747-4050.
>>>ARRAIAL DO ROCK
O Arraial do Rock Planalto ocorre nesta sexta (11/7) e sábado, na Avenida Nossa Senhora da Paz, no Bairro Planalto. A praça de alimentação tem abertura marcada para as 17h. Com muito rock and roll, a banda Omonomotor sobe ao palco às 20h. No sábado (12/7), às 17h, é a vez da banda Sabbra Cadabra, com sucessos do Black Sabbath, seguida pela quadrilha da @tradicaomineira, às 20h. Encerrando a noite, a banda Disco Velho sobe ao palco às 20h30. Acesso gratuito.
>>> ARQUIBANCADA DO ROCK
Promovido pelo Porks Castelo (Rua Castelo de Alenquer, 50, Bairro Castelo), o projeto Arquibancada do Rock celebra o Dia Internacional do Rock neste domingo (13/7), às 15h, com show da banda Ca$h e do cantor João Guimarães. Uma das referências do rock em BH, o Ca$h está completando 25 anos de estrada e interpreta clássicos do ColdPlay, Oasis, AC DC, Pearl Jam, Aerosmith, The Killers e Radiohead, entre outras. Entrada franca, com couvert artístico opcional.