Encantado pelo piano da casa da avó, aos 6 anos Bruno Hrabovsky começou a fazer aulas e nunca mais parou. Adolescente, descobriu o heavy metal. Muito jovem, juntou as duas paixões e criou a série de concertos “Rock ao piano”.

O pianista curitibano está de volta a BH nesta quinta-feira (31/7), para se apresentar no Grande Teatro Sesiminas, às 20h. O repertório inédito vai celebrar os 50 anos de 18 canções icônicas. A seleção tem “Ovelha negra” (Rita Lee), “Houses of the Holy” (Led Zeppelin) e “Department of youth” (Alice Cooper) – todas lançadas em 1975.

Bruno considera importante os shows não se limitarem a clichês, ou seja, a músicas que todos conhecem e já não são surpresa para o público.

“Sempre evito fazer um concerto muito óbvio, faço repertórios com aquilo que gosto de tocar. Gosto que meus espetáculos tenham, muitas vezes, músicas menos conhecidas”, afirma.

Clichês

“Se vejo orquestra em cartaz com especial de rock apenas com sucessos no repertório, perco a vontade de ir. Mas, com certeza, muita gente fica com vontade. Então, mesmo que não goste muito, sei que os clichês têm sua importância”, diz Bruno.

O projeto dele surgiu de forma despretensiosa. “Comecei postando arranjos na internet e alguns amigos pediam para eu fazer shows com as músicas dos vídeos. Um bom tempo depois, arrisquei algumas apresentações, que deram muito mais certo do que eu esperava. Então, abracei a música como profissão, sempre produzindo tudo sozinho”, conta Bruno.

Nos últimos tempos, é comum orquestras se aventurarem por concertos que fogem do repertório erudito. Isso ocorre em trilhas sonoras de filmes ou em parcerias com artistas de diferentes estilos. Em Minas, a Orquestra Ouro Preto diversificou radicalmente os programas, enquanto a Opus e a Sesiminas vêm se apresentando com nomes de destaque da música popular.

“Existem pessoas que não possuem identificação com o erudito. Cada vez mais, há misturas musicais. Acho isso sempre muito positivo, pois aproxima as pessoas das orquestras”, diz o pianista. O projeto de Bruno soma 12 anos e percorreu cerca de 140 cidades de vários estados.

O público tem pessoas de todas as idades, entre roqueiros e entusiastas do piano. “A ideia é desmistificar a imagem do piano, mostrar como ele pode representar sonoridades diferentes. Mostramos para quem não é tão roqueiro que rock é muito legal. No metal, as músicas mais pesadas podem ser muito bonitas”, diz Hrabovsky.

“ROCK AO PIANO”

Com Bruno Hrabovsky. Nesta quinta-feira (31/7), às 20h, no Grande Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia). Inteira: R$ 70 (setor 1) e R$ 60 (setor 2), com meia-entrada na forma da lei. Vendas online na plataforma Sympla.

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria

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