Festival Nacional da Canção chega à final com show de Vanessa da Mata
Sábado (6/9), a grande final da 55ª edição do evento será realizada em Boa Esperança; festival distribui R$ 250 mil em prêmios este ano
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Siga noAs músicas que vão disputar a grande final da 55ª edição do Festival Nacional da Canção (Fenac) serão conhecidas nesta sexta-feira (5/9), na segunda noite da etapa semifinal, disputada em Boa Esperança (MG). A cidade também será palco da contenda de amanhã, quando 10 composições na categoria presencial e duas na categoria on-line concorrerão ao Troféu Lamartine Babo, conferido à primeira colocada.
Como de costume, a cada noite um artista ou grupo convidado fecha a programação, após as apresentações dos candidatos. A atração de hoje à noite é Fred Izak, que recebe como convidados George Israel, saxofonista do Kid Abelha, e o tecladista Henrique Portugal, ex-Skank. A festa conta, ainda, com a participação do Circo da Meia Noite. Intitulado “Lírico”, o show de Izak é uma jornada musical que aborda, sobretudo, o amor, com canções autorais e releituras de clássicos da música brasileira.
Sábado (6/9), quem abrilhanta a finalíssima é Vanessa da Mata, que aterrissa na cidade do Sul de Minas com a turnê “Todas elas”, que promove seu novo álbum, homônimo, lançado em maio deste ano.
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Gal e Stevie Wonder
No final de junho, o disco ganhou uma versão “deluxe”, com um registro da cantora para “Nada mais”, música que Gal Costa lançou em 1984, no álbum “Profana”, e que é uma versão brasileira da balada “Lately”, de Stevie Wonder, de 1980.
Essa música e outras inéditas, autorais, registradas em “Todas elas”, vão constar no roteiro da apresentação de Vanessa ao lado de sucessos que marcaram sua trajetória.
“Esse álbum poderia contar a história de várias mulheres. São várias mulheres dentro dele: mulheres que compõem a minha pessoa, as minhas facetas, os meus momentos, os momentos de grandes e boas ilusões e algumas desilusões”, disse a artista por ocasião do lançamento do novo trabalho. Vale lembrar que no dia 19 de setembro, Vanessa da Mata se apresentará em BH, no BeFly Hall.
Nas seis etapas classificatórias do Fenac, realizadas em Tiradentes, São Thomé das Letras, Perdões, Três Pontas, Coqueiral e Nepomuceno, se apresentaram artistas de renome: Paulo Ricardo, Renato Teixeira, 14 Bis, Silva e Nando Reis.
Houve, contudo, percalços, como a tempestade que desabou sobre Tiradentes na primeira etapa e o cancelamento do show que Zeca Baleiro faria em Nepomuceno, em função de um acidente na rodovia Fernão Dias que impossibilitou que ele chegasse na cidade a tempo.
Verba da Secult
O idealizador e organizador do Fenac, Gleizer Naves, aponta que o maior deles antecedeu o início da temporada 2025. “Depois de 55 anos, quase ficamos sem fazer esta edição, porque a verba da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo não saiu. Disseram que os recursos já haviam se esgotado, que o número de projetos aprovados foi maior que o da verba disponível. Tivemos de contar com o apoio das prefeituras, que ajudaram, puxaram R$ 1,5 milhão. Reduzimos até o ponto que deu”, explica.
Ele ressalta, no entanto, que foi um percurso do inferno ao paraíso. “Começou como um pesadelo, mas em 55 anos nunca vi o festival com um nível tão elevado. Já comecei a desconfiar que seria assim quando vi que tivemos mais de 1.500 músicas inscritas, quase o dobro do ano passado, vindas de 25 estados. Isso deu uma diversificação e um aprimoramento musical muito bacana”, diz. Ele conta que, todos os anos, após ouvir as músicas inscritas, tem, ao final, suas duas ou três favoritas.
“Este ano, larguei mão. Quando as minhas preferidas passaram de 10, entendi que não daria para fazer essa peneira, porque o nível está altíssimo. A final vai ser o coroamento do que foram as etapas anteriores, uma grande festa, sem dúvida muito emocionante”, ressalta.
Naves credita a grande quantidade de inscrições, em boa medida, ao trabalho de Henrique Portugal, que assumiu a curadoria deste ano. Ele diz que o tecladista contribuiu decisivamente para fazer uma divulgação maciça em todo o Brasil.
“Há cerca de três ou quatro anos, músicas de fora do eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais começaram a ganhar as edições. Candidatos do Norte e Nordeste, por exemplo, passaram a marcar mais presença, e isso se consolida cada vez mais. A coisa se espalha muito rapidamente entre os compositores, a informação de que existe um festival maravilhoso, do qual vale a pena participar e que está aberto a artistas de todo o Brasil. Nossa missão é dar palco para esse pessoal”, afirma.
Porta para o sucesso
Gleizer Naves diz que todos os grupos e artistas convidados que encerram cada etapa do Fenac enaltecem o evento. “Eles sobem ao palco e fazem questão de falar da importância dessa iniciativa, porque a maioria já passou por isso, começou apresentando suas composições nesse tipo de festival, como o Almir Sater, por exemplo.O Fenac é essa grande porta que às vezes escancara uma carreira”, diz.
Ele chama a atenção para o fato de que, além do prestígio que os vencedores conquistam, há o aporte financeiro. O festival vai entregar cerca de R$ 250 mil para os vencedores.
Cada semifinalista presencial já garantiu R$ 2,5 mil e continua a concorrer aos principais prêmios, que, na modalidade presencial, são de R$ 23 mil (primeiro lugar), R$ 17 mil (segundo lugar), R$ 13 mil (terceiro), R$ 8 mil (quarto) e R$ 6 mil (quinto lugar). O vencedor da categoria Melhor Intérprete vai receber
R$ 5 mil. Na modalidade online, os vencedores vão ganhar R$ 7 mil (primeiro lugar) e R$ 5 mil (segundo lugar).
FENAC 2025
• Etapa final do 55º Festival Nacional da Canção, com apresentação dos classificados e show de Vanessa da Mata, neste sábado (6/9), a partir das 20h30, na Praça do Fórum, em Boa Esperança (MG). Acesso gratuito.