SÉTIMA ARTE

Memória do cinema digitalizada e disponível aos cinéfilos

Ação conjunta do Centro de Estudos Cinematográficos e do Instituto Humberto Mauro disponibiliza textos sobre filmes publicados ao longo de 70 anos em Minas 

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Uma parcela robusta da memória da imprensa mineira, em especial aquela dedicada ao cinema, está disponível para consulta on-line. Há três anos, o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC), em parceria com o Instituto Humberto Mauro, deu início à catalogação e digitalização de sua hemeroteca. Cerca de 13 mil documentos estão no ar.


Este primeiro (e grande) resultado é só uma parte do material, pois o catálogo remete à fundação do CEC, em 1951, e chega até a atualidade. “Desde o início, o CEC teve a preocupação de exercer a crítica como forma de educar o público para o cinema. Na década de 1950 o cinema foi percebido não só como entretenimento, mas como expressão artística”, comenta Victor de Almeida, diretor-executivo do IHM e presidente do conselho curador do CEC. “Além de escrever nos jornais, os integrantes do CEC guardaram as críticas sistematicamente.”


Todo o material da imprensa coletado pelos integrantes da entidade ao longo das décadas foi arquivado e guardado em caixas. Por meio de dois mecanismos de incentivo à Cultura criados durante a pandemia – as leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo – o projeto de digitalização, organização e disponibilização foi realizado.


Recorte mineiro

“Incluímos no site tudo o que se refere a Minas Gerais”, comenta Almeida. Por isso entenda-se textos referentes à produção audiovisual do estado publicada na imprensa local, como também o trabalho de críticos e jornalistas mineiros sobre cinema em geral, em publicações nacionais e internacionais. Além da produção crítica, o acervo reúne matérias sobre o circuito exibidor, festivais e mostras, cursos, cineclubismo e jornalismo cultural.


A pesquisa é muito simples, pode ser feita por assunto, veículo ou autor. O recorte está disponível em PDF. “Evidentemente, parte do material que não foi guardada adequadamente estragou em razão da umidade. Então houve muita coisa restaurada”, comenta Almeida.


O projeto foi realizado em três fases e contou com a participação de estudantes dos cursos de Ciência da Informação (UFMG), Computação (UFJF), Cinema e Audiovisual, Comunicação Social e Relações Internacionais (PUC-Minas).


“Mesmo com o incentivo das leis, o trabalho, que é penoso, teve uma equipe reduzida. É um acervo muito grande, pois são 70 anos, mas acho que estamos, de alguma forma, sendo pioneiros em disponibilizá-lo facilmente na internet”, afirma Patrícia Lapertosa, do CEC.


Ela comenta que há pelo menos 7 mil documentos à espera de digitalização. “Estamos em busca de novos incentivos para continuar o trabalho. Também precisamos acondicionar os recortes selecionados de forma correta, assim como o restante do acervo do CEC, que reúne livros, filmes, vídeos e catálogos.”


Ainda que o trabalho do CEC tenha tido início em 1951, quando a entidade foi criada por Cyro Siqueira, Jacques do Prado Brandão, Fritz Teixeira de Salles, Guy de Almeida e Raimundo Fernandes, Victor de Almeida espera aumentar o escopo da hemeroteca.


“Queremos organizar a fase anterior, pois a crítica de cinema surgiu, em Minas Gerais, entre as décadas de 1910 e 1920. Carlos Drummond de Andrade [1902-1987] foi um dos primeiros críticos [do estado]. Para tal, teremos que fazer uma pesquisa nos arquivos públicos e no dos jornais.” 

HEMEROTECA DIGITAL DE CINEMA DE MINAS GERAIS
• O acesso deve ser feito pelo site da hemeroteca

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