Agenda cheia no Viaduto Santa Tereza neste fim de semana
Exposição "Entre arcos e ecos" será aberta nesta sexta (17/10) e final estadual do Duelo de MCs Nacional vai agitar o Hipercentro de BH no domingo (19/10)
Batalha de rimas vai reunir fãs do rap no Viaduto Santa Tereza, domingo (19/10) à tarde - (crédito: Pâmela Bernardo/divulgação)
crédito: Pâmela Bernardo/divulgação
Referência na cena cultural de BH, o Viaduto Santa Tereza recebe dois eventos de hoje a domingo (17 a 19/10). A final estadual do Duelo de MCs Nacional vai levar o rap ao palco que é berço do hip-hop mineiro, celebrando os 18 anos do coletivo Família de Rua. E a mostra “Entre arcos e ecos: Costuras do tempo” encerra o ciclo de atividades da Casulo Cidadania em 2025.
A exposição será aberta nesta sexta-feira (17/10), às 18h. O evento inclui espaço kids e pista de skate. Criada em 2009 pela produtora Danusa Carvalho e o músico Flávio Renegado, a Casulo atua em projetos realizados em escolas e comunidades de Belo Horizonte, buscando promover a democratização do acesso à cultura.
“Este ano, fizemos seis oficinas e teremos a entrega final dos trabalhos, tudo o que os alunos fizeram, aprenderam e desenvolveram”, explica Danusa. O ciclo de 2025 incluiu oficinas de costura criativa, iluminação, sonorização, tubo LED, motion design e empreendedorismo cultural.
A exposição conta com 22 criações de motion design exibidas em painéis de LED; beats e composições orquestradas em oficinas de sonorização; peças de moda autoral confeccionadas a partir de roupas e resíduos têxteis reaproveitados.
Costura criativa é um dos destaques da mostra “Entre arcos e ecos”
Fael Diogo/Divulgação
Final mineira
No domingo (19/10), 16 rappers mineiros participarão de batalhas de versos, lutando por uma vaga na final do Duelo de MCs Nacional. O júri vai reunir PDR Valentim, Monge, Dmorô e Sweet, nomes de destaques do hip-hop de BH.
O Duelo de MCs é organizado pelo coletivo Família de Rua, que surgiu em 2007. PDR Valentim conta que ao longo desses 18 anos o coletivo evoluiu, lutando para profissionalizar a cena do rap da capital mineira.
“Fomos aprendendo a trabalhar dentro do universo da cultura urbana, do skate e do hip-hop. Desenvolvemos uma série de ações nesse cenário, criando projetos que se conectam”, afirma o fundador do coletivo.
Hip-hop e cidadania
Pedro destaca o crescimento das batalhas de MCs em todo o Brasil, porta de entrada da juventude na arte e na luta pela cidadania, por meio do hip-hop. “Mesmo com mais visibilidade, ainda enfrentamos dificuldades para produzir cultura no Brasil. É muito difícil financiar projetos, fazer com que as organizações consigam se sustentar. Mas acredito que tudo é aprendizado e evolução”, diz.
O Duelo de MCs Nacional surgiu em 2012, organizado pela Família de Rua e se tornou referência do hip-hop brasileiro. Todos os estados e o Distrito Federal participam do evento, realizado nos finais de ano no Viaduto Santa Tereza.
A final mineira, que será disputada no domingo, vai reunir EDR, Mineiro, Wad, Jovem Henri, Kety, Zafe, Lorran, Ike, NW, Defzin, Zard, HZ, Vodu, DGrego, Mello e AR15. O vencedor garante vaga na Final Nacional e receberá prêmio de R$ 1 mil.
“ENTRE ARCOS E ECOS” E DUELO DE MCS
Viaduto Santa Tereza, Centro. Abertura de exposição nesta sexta-feira (17/10), às 18h. Em cartaz até domingo (19/10). Final Estadual do Duelo de MCs, domingo, das 14h às 20h. Entrada franca.
O cantor e compositor Dani Black se apresenta hoje (17/10), às 19h, no Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Ele traz a BH o show “Uma cidade chamada eu mesmo”, iniciando a turnê para divulgar o álbum homônimo, com parcerias de Dani com Chico César, Criolo, Marcos Almeida e Joyce Alane. Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia), à venda na bilheteria e na plataforma Sympla.
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria