CINEMA

Vinícius de Oliveira se destaca em 'Quase deserto', que estreia hoje em BH

O menino protagonista de 'Central do Brasil' faz seu primeiro longa rodado no exterior. Filme noir sobre imigrantes nos EUA é dirigido por José Eduardo Belmonte

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Lá se vão 27 anos desde que Vinícius de Oliveira estreou como ator no papel do garoto Josué em “Central do Brasil”, de Walter Salles, contracenando com Fernanda Montenegro. Ao longo desse tempo, estrelou diversas produções do cinema e da televisão, firmando seu lugar no cenário audiovisual brasileiro. Agora, Oliveira retorna à telona em “Quase deserto”, filme de José Eduardo Belmonte que estreia nesta quinta-feira (27/11) em Belo Horizonte e outras cidades do país. 

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O ator contracena com a norte-americana de ascendência armênia Angela Sarafyan e o uruguaio Daniel Hendler no que o diretor classifica como “um noir distorcido sobre deslocamento, ironia e o desejo de pertencimento em meio ao colapso”.

 

A trama se passa na Detroit pós-pandemia, esvaziada e dividida durante a corrida eleitoral entre Donald Trump e Joe Biden. Na cidade americana, imigrantes latinos sem documentos, vividos por Oliveira e Hendler, se deparam com um assassinato. 

Por impulso, a dupla resgata a única testemunha, mulher norte-americana com rara síndrome que compromete sua sociabilidade e lhe confere olhos de criança, capazes de ver o que ninguém enxerga.

Coprodução internacional falada em inglês, português e espanhol, o longa foi rodado em Detroit em 2023. Trata-se do primeiro filme de Vinícius no exterior. Ele já havia trabalhado com Belmonte em “Se nada mais der certo” (2008). 

“O personagem pedia brasilidade com uma certa malandragem, um pouco atrapalhado, com camadas. Um cara que está lutando para sobreviver. Isso foi o próprio Belmonte que me disse quando fez o convite”, explica Vinícius. 

Filmar nos Estados Unidos foi experiência “muito rica”, conta, totalmente diferente de tudo a que estava acostumado. 

Para o ator, o que “Quase deserto” tem de mais marcante é o encontro de três personagens muito distintos, mas totalmente possíveis e palpáveis, que poderiam de fato existir e estar naquela situação. 

“Claro que tem como pano de fundo a questão dos imigrantes, mas o filme fala mesmo é de criar conexões, criar encontros, em vez de barreiras. Se queremos construir um mundo melhor, isso é fundamental. É importante olhar para o outro. Este é o grande barato do filme”, destaca. 

O roteiro é assinado pelo diretor José Eduardo Belmonte em parceria com Carlos Marcelo e Pablo Stoll. 

Tremembé 

No streaming, Vinícius faz participação especial na série “Tremembé” (Prime Video). “Foi uma delícia poder contar as histórias daqueles seres humanos que cometeram atrocidades. É importante para entendermos a complexidade humana e tentarmos melhorar. Foi um convite da Vera Egito, diretora-geral. Tenho orgulho de fazer parte do elenco”, diz. 

Vinícius de Oliveira, aos 12 anos, contracena com Fernanda Montenegro em Central do Brasil
Vinícius de Oliveira, aos 12 anos, contracena com Fernanda Montenegro em “Central do Brasil” Rio Filmes/divulgação

 

"Central do Brasil" 

Ao comentar sua estreia em “Central do Brasil”, filme premiado internacionalmente que disputou o Oscar, Oliveira guarda recordações vívidas. 

“Lembro das filmagens no Rio de Janeiro, a primeira parte do filme, e depois no Nordeste. Foi minha primeira viagem de avião, a primeira vez que saí do Rio.” 

O ator comemora a conquista do Oscar de Melhor Filme Internacional por Walter Salles, com “Ainda estou aqui”, o mesmo diretor que o descobriu quando trabalhava como engraxate no aeroporto Santos Dumont. 

“Já estávamos merecendo há bastante tempo a estatueta. Que bom que tenha sido com Walter, porque cria essa ponte”, diz, aludindo ao fato de “Central do Brasil” ter concorrido na mesma categoria.

“São 27 anos separando aquele filme, que tinha Fernanda Montenegro como protagonista, deste agora, que tem a filha dela”, observa. Vinícius de Oliveira diz que “O agente secreto”, de Kléber Mendonça Filho, tem tudo para chegar com força à premiação hollywoodiana em 2026. 

“O filme está chamando a atenção, fazendo caminhada muito bonita e muito sólida, ganhando prêmios importantes. Tem boas chances no Oscar”, afirma.

Três estreias em 2026

Vinícius de Oliveira integra o elenco de três filmes com estreia prevista para 2026. O primeiro a chegar aos cinemas é “Rio de sangue”, de Gustavo Bonafé, protagonizado por Giovanna Antonelli e Felipe Simas. 

“Outro é 'Leite em pó', do Carlos Segundo. Neste sou protagonista. A gente pensa na carreira de festivais para ele, antes de estrear no circuito”, diz. 

A terceira produção é “Crisálida”, de Sílvio Guindane, baseado na HQ homônima de Vinícius Melo, no qual Vinícius contracena com Leandro Hassum. 

“QUASE DESERTO”

Brasil, 2025, 106 min. De José Eduardo Belmonte, com Vinícius de Oliveira, Angela Sarafyan, Daniel Hendler, Alessandra Negrini e Deborah Chenault-Green. Estreia às 20h20 desta quinta (27/11), na sala 3 do UNA Cine Belas Artes.

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