DANÇA CONTEMPORÂNEA

Espetáculo "Química" une jazz e funk no palco do Palácio das Artes

Bailarinos da Cia de Dança e do Lá da Favelinha se apresentam nesta quarta-feira (27/11), com entrada franca

Publicidade
Carregando...

Nesta quinta (27/11), a Cia de Dança Palácio das Artes e a Cia Favelinha, do coletivo Lá da Favelinha, no Aglomerado da Serra, se reúnem para apresentar “Química”, às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Dirigido por Maxmiler Junio e Léo Garcia, o espetáculo foi montado em apenas cinco dias. 

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O ESTADO DE MINAS NO Google Discover Icon Google Discover SIGA O EM NO Google Discover Icon Google Discover

A construção começou com dois dias de criação na semana passada, seguidos de ensaios de segunda a quarta. Nesse processo, os diretores ministraram aulas, assim como integrantes das duas companhias. A partir das trocas, foram moldadas a coreografia e a seleção musical, que se apoia sobretudo no jazz e no funk. 

 

Maxmiler e Léo destacam que este foi o menor prazo de que os dois já dispuseram para criar um espetáculo, mas afirmam que a dedicação das equipes ao diálogo tornou a tarefa possível.

“É desafiador, mas sempre tivemos abertura dos artistas. Além das aulas, foi uma junção da experiência de corpo do Lá da Favelinha com a experiência de corpo da Companhia”, afirma Maxmiler Junio, integrante da Cia de Dança do Palácio das Artes. 

O título “Química” traduz a relação intensa e imediata entre os dois grupos. “A coisa mais escutada nos ensaios era o quanto os artistas individualmente sentiram a química entre as companhias”, conta Léo Garcia. 

Diálogo 

Diretor da Cia Favelinha há nove anos, Léo destaca que encontrou espaço para expor as intenções e princípios do grupo. “Muitas vezes, quando corpos negros e favelados ocupam espaços públicos, existem camadas a serem refletidas e conversadas. Quando a gente chegou, encontramos um elenco muito aberto ao diálogo e com vontade de se aprofundar no processo”, diz. 

Léo foi integrante da Cia de Dança do Palácio das Artes por seis anos, período que coincidiu com a chegada de Maxmiler ao elenco. Para o bailarino, as experiências distintas de ambos fortaleceram o processo. 

“Somos complementares. Tenho abordagem mais pragmática da coreografia, muito direcionada, organizada, voltada para a contagem e a visão macro. Já o Léo tem olhar muito genuíno com o corpo, a estrutura de cena, a temática e a imagem que está sendo criada”, comenta. 

As companhias se apresentaram juntas em julho passado, no projeto antirracista Sobre Tons. Desta vez, o espetáculo promove a relação entre os sons do jazz, área de formação de Maxmiler, e os movimentos do funk, foco de pesquisa da Cia Favelinha. 

“Abrimos mão do que era mais a cara de cada companhia para chegar ao comum. A gente abre mão, por exemplo, do funk na forma original, com BPMs corretos e tudo mais, e buscamos no jazz inspirações para essa união, com instrumentais que coubessem nos dois universos. Até porque não necessariamente a gente precisa dançar funk para o espetáculo ser funk. O funk é linguagem, uma prática de mundos. Ele ocupa os corpos”, explica Léo Garcia. 

“QUÍMICA”

Com Cia de Dança Palácio das Artes e Cia Favelinha. Nesta quinta (27/11), às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Entrada gratuita, com retirada de até um par de ingressos por CPF na bilheteria e na plataforma Eventim.

* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay