Morto neste domingo (2/11), Lô Borges colecionou sucessos ao longo da carreira. Ele foi um dos fundadores do Clube da Esquina, movimento musical que integrava influências de música mineira, rock, samba e psicodelia, e lançou também, junto de Milton Nascimento, o álbum seminal "Clube da Esquina", que se tornaria um marco da MPB.

Lô Borges morreu de falência múltipla dos órgãos durante a noite, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada pelo hospital Unimed Contorno, onde ele estava internado. 

O músico havia sido internado no dia 17 de outubro devido a uma intoxicação medicamentosa, segundo os boletins do hospital causada por remédios tomados em casa. Depois, no dia 25, passou por uma traqueostomia e estava respirando com ajuda de aparelhos desde então.

Ao longo dos anos 1980, 1990 e 2000, Lô manteve produção discreta, em termos de número de lançamentos, mas sua influência só crescia: suas músicas eram interpretadas por outros artistas, suas harmonias e melodias serviam de referência para gerações posteriores. Relembre, a seguir, seus maiores sucessos. 

"O trem azul" 

Lô Borges era muito jovem quando escreveu uma de suas músicas mais importantes junto de Ronaldo Bastos. A canção entrou para o álbum "Clube da Esquina", de 1972, que ele lançou aos 20 anos com Milton Nascimento, e que se tornou uma das obras mais emblemáticas da música popular brasileira. 

"Um girassol da cor do seu cabelo"

 Esta foi escrita por Lô com o irmão, Marcio Borges, e também é parte do disco "Clube da Esquina". Considerada uma das principais músicas da MPB, já foi regravada por artistas mais jovens, como Vanessa da Mata e Silva.

"Tudo o que você podia ser"

 Outra composição dos irmãos Borges, mas esta foi cantada por Milton Nascimento, com quem Lô lançou "Clube da Esquina". Tornou-se marcante pela forma como narra uma história de sonhos, expectativa e frustração.

  

"Toda essa água"

 Parte do primeiro álbum solo de Lô, intitulado com seu próprio nome, a faixa é toda instrumental. Virou símbolo do disco que tem a imagem de um tênis largado no chão na capa, metáfora sobre o desejo jovem de partir, viajar, ter experiências na estrada.

  

"Cravo e canela"

Destaca-se por ter um misto de ritmos brasileiros e soul. A letra, que combina espiritualidade e erotismo, não é de Lô Borges, que só a canta com Milton Nascimento. O texto é de Milton com Ronaldo Bastos.

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