Doze pessoas foram presas em uma operação conjunta das Forças de Segurança contra o garimpo ilegal nos municípios de Felício dos Santos e Senador Mourão, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, entre quarta (2) e quinta-feira (3/7). As atividades ilícitas atingiram a vegetação nativa do Cerrado, destruindo uma área equivalente a seis campos de futebol. De acordo com a Polícia Federal (PF), cerca de 250 garimpeiros podem estar atuando ilegalmente na região. O material extraído é vendido a compradores locais.

A “Operação Prisma” foi deflagrada mediante denúncias da população e mirou o combate de garimpo ilegal de cristais e outros minerais na região do Alto Jequitinhonha. Conforme os registros, o objetivo era impedir a degradação do meio ambiente e garantir o cumprimento de legislação ambiental e minerária.

Cristais de quartzo, uma arma de fogo, quatro rádios comunicadores e materiais extraídos foram apreendidos, assim como cinco carros e nove motocicletas, sendo uma delas com registro de furto.

Os doze suspeitos foram presos em flagrante por mineração ilegal, usurpação de bens da União e receptação. Eles foram encaminhados à Polícia Federal (PF), que segue com o caso.

Danos no Cerrado

Segundo a Polícia Militar (PM), foi constatada supressão de vegetação nativa do Cerrado, atividade de extração mineral sem licença ambiental, queima de lixo e ausência de medidas de mitigação de impactos sobre o solo e os recursos hídricos.

Ao todo, estima-se que a área impactada pelo garimpo tenha a dimensão de 4,2 hectares, área equivalente a seis campos de futebol. Em Felício dos Santos, a área atingida é de 2,5 hectares, enquanto em Senador Mourão, estima-se impactos em 1,7 hectares, em medições feitas com o uso de drones.

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A operação contou com equipes da Polícia Federal; PMMG, com os efetivos dos Batalhões de Polícia de Meio Ambiente (BPMamb), de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv) e do Comando de Aviação do Estado (COMAVE); Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Invasão

Este é pelo menos o segundo caso de prisão por extração ilegal de cristais de quartzo em Minas Gerais em menos de dois meses. Na segunda quinzena de maio, sete pessoas foram detidas em Inhaúma, a cerca de 90 quilômetros de Belo Horizonte, na região Central do estado, em uma propriedade rural invadida por elas. O grupo estava com 12 quilos do material extraído.

Quem extrai minerais sem autorização pode responder por mineração ilegal, usurpação de bens da União e receptação. Nos dois casos relatados, os detidos foram encaminhados para a Polícia Federal.

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