Pela terceira vez neste ano, o Hospital Risoleta Tolentino Neves, localizado na Região Norte de Belo Horizonte, precisou suspender os atendimentos no pronto-socorro por causa da superlotação. A unidade, que tem estrutura para acolher até 90 pacientes simultaneamente no setor de urgência e emergência, amanheceu nesta segunda-feira (14/7) com 181 pessoas em atendimento, o dobro da capacidade instalada.
Referência para casos de alta complexidade na capital e em diversos municípios da Região Metropolitana, o Risoleta Neves enfrenta, mais uma vez, uma escalada na demanda. Segundo nota divulgada pela instituição, desde sexta-feira (12/7) houve um aumento significativo na procura por atendimento, especialmente de pacientes em estado grave, o que comprometeu a capacidade de absorver novos casos.
Diante do cenário crítico, o hospital restringiu o acesso ao pronto-socorro apenas para os casos classificados como emergência — com risco iminente de morte — e muita urgência, que requerem atendimento imediato.
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A suspensão do acolhimento de novos pacientes já havia ocorrido em outras duas ocasiões neste ano. Em janeiro, a unidade suspendeu os atendimentos também devido a superlotação e pegou pacientes de surpresa. A unidade passou três dias sem poder receber novos casos por conta da superlotação. Na época, a diretoria da unidade reforçou que a capacidade máxima do hospital vêm sendo constantemente superada desde 2023. Três meses depois, em abril, o mesmo cenário se repetiu.
Em nota, o Risoleta Neves esclareceu que os usuários que já estão dentro do hospital serão atendidos normalmente, mas explicou a medida adotada nesta segunda. "Reforçamos a necessidade da restrição temporária da entrada de novos pacientes no Pronto-Socorro para assegurar a qualidade e segurança assistencial”, informou.
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Para amenizar a situação, medidas como reavaliação dos casos, agilização de diagnósticos e liberação de altas seguras estão sendo adotadas. Segundo a administração, a situação já foi comunicada à Rede de Urgência e Emergência de Belo Horizonte, e o hospital solicitou apoio para o encaminhamento de pacientes a outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), na tentativa de aliviar a pressão sobre o pronto-socorro.