O Colégio Santa Marcelina, localizado no Bairro São Luiz, na Pampulha, lamentou a morte da professora Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos. O corpo de Soraya, que lecionava história na escola desde 2017, foi encontrado neste domingo (20/7) pela Polícia Militar (PMMG) no Bairro Conjunto Caieiras, em Vespasiano, na Região Metropolitana de BH, com queimaduras na parte interna das coxas e manchas de sangue nas partes íntimas.
Em nota, o Santa Marcelina informou o falecimento da professora e disse que não há informações confirmadas sobre o velório e enterro. “Toda a comunidade educativa da Rede Santa Marcelina se une em oração e solidariedade à sua família, colegas e estudantes neste momento de dor. Rogamos a Deus que a acolha com amor e misericórdia, e que conforte todos que choram sua partida. Sua memória permanecerá viva entre nós”, diz o comunicado.
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Amigos e alunos também utilizaram as redes sociais para lamentar a partida de Soraya. “A Tati era uma pessoa inigualável, estava sempre sorrindo e fazia questão de marcar cada aluno que passava por ela, inclusive eu. Descanse em paz. Você não merecia ter passado pelo o que passou. Te amaremos para sempre”, disse uma ex-aluna.
O caso
Conforme familiares e amigos, a vítima iria para uma festa de aniversário com amigas na sexta-feira (18/7), mas, devido a um mal-estar, desistiu de sair. Por volta das 20h20, ela conversou com o filho, que estava saindo para viajar para a Serra do Cipó e, desde então, não teve mais contato com ninguém. Ela vestia uma roupa cinza, sendo que, apenas a parte superior foi encontrada.
De acordo com os policiais, o corpo foi encontrado coberto por um lençol. Ela estava seminua, somente com a parte de cima do vestido. No local, apenas os óculos da professora foram encontrados. A PM recebeu uma denúncia por volta de 10h deste domingo, informando sobre o corpo.
Imagens de câmeras de segurança próximas à casa da professora mostraram, ainda na noite de sexta, dois veículos na porta do prédio, mas não é possível ver ninguém entrando ou saindo do edifício no período.
Na manhã do dia seguinte (19/7), o filho tentou contato por telefone e mensagens, mas não foi atendido. Posteriormente, pediu para que uma tia tentasse contato com a mãe, mas ela também não teve sucesso. Ao retornar para casa, ele disse que não havia sinal de arrombamento e que a mãe havia saído de casa sem levar documentos ou carteira, as únicas coisas que ele deu falta foram o celular, as chaves de casa e os óculos. Ele ainda tentou localizá-la pelo celular, mas o aparelho estava desligado.
O apartamento onde Soraya morava estava completamente fechado. Com a ajuda de um chaveiro, familiares conseguiram entrar no imóvel, mas não encontraram nenhum sinal da professora. Ainda no sábado, parentes percorreram diversos hospitais de Belo Horizonte, mas sem sucesso.
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O filho reconheceu o corpo da mãe no Instituto Médico Legal (IML). A investigação do que ocorreu está a cargo da Polícia Civil (PCMG). Até o momento, não há suspeitos identificados e nem pistas sobre o que teria motivado o crime. A PCMG investiga o caso como homicídio, com indícios de feminicídio e violência sexual.