BH: motorista de Porsche vai a júri popular acusado de homicídio doloso
Rodrigo Rodrigues Andrade Chiatti é réu pela morte de Cayque Pelegrino Tavares, que estava no banco do carona no acidente ocorrido na Av. Barão Homem de Melo
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Siga noO motorista do Porsche que bateu em um poste e capotou na Avenida Barão Homem de Melo, no Bairro Estoril, Região Oeste de Belo Horizonte, em dezembro de 2023, será julgado pelo Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Rodrigo Rodrigues Andrade Chiatti é réu por homicídio doloso qualificado (quando se assume o risco de matar). A decisão foi dada pelo juiz Roberto Oliveira Araújo Silva, do 2º Tribunal do Júri Sumariante de BH. O julgamento perante o júri popular ainda não tem data definida.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sustenta que Rodrigo assumiu o risco de produzir o resultado de morte na condução do Porsche 911 Carrera em alta velocidade e sob o efeito de álcool. Como resultado o carro bateu em um poste e capotou. Devido ao impacto, o corpo do passageiro e amigo Cayque Pelegrino Tavares foi lançado para fora do carro. A vítima morreu instantaneamente em decorrência de um politraumatismo contuso.
Dentre as lesões sofridas pela vítima, foram constatados o afundamento de crânio, extensa ferida localizada à direita no couro cabeludo, exteriorização de fragmentos ósseos e de massa encefálica e múltiplas fraturas dos ossos da face (disjunção craniofacial).
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A denúncia ainda destaca que "a energia do veículo em questão era tal que, após as colisões, o motor do automóvel foi projetado por cerca de 15 metros do local da colisão, além de terem sido arremessados para fora do carro a poltrona e o passageiro".
Relembre o caso
Rodrigo Rodrigues Andrade Chiatti dirigia pela Avenida Barão Homem de Melo na madrugada do dia 11 de dezembro de 2023 quando bateu em um poste em alta velocidade. O lado direito do carro, onde estava Cayque Pelegrino Tavares, ficou destruído. O passageiro foi arremessado a cerca de 20 metros de distância devido à força do impacto e morreu no local.
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Após a colisão, o marcador de velocidade estava travado em 250 quilômetros por hora. Chiatti se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele foi detido no mesmo dia e, no dia seguinte, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. No entanto, saiu da prisão 20 dias depois do acidente, beneficiado por um habeas corpus. Chiatti tornou-se réu por homicídio em julho de 2024.
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O empresário dirigia sem habilitação há 12 anos. Segundo o delegado da Polícia Civil, Marcos Pimenta, o motorista iniciou o processo de primeira habilitação em 2011 e obteve uma permissão para dirigir, com validade de um ano. Durante esse período, porém, Chiatti recebeu uma multa gravíssima. Como consequência, não pôde obter a habilitação definitiva.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice