Durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (13/8), o empresário Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos, foi autorizado a tomar remédio para dormir enquanto permanecer preso preventivamente. Ele relatou que faz uso regular do medicamento Clonazepam - princípio ativo do Rivotril.
O juiz responsável pela audiência, Leonardo Vieira Rocha Damasceno, determinou que o estabelecimento prisional responsável "forneça atendimento médico e medicamentoso ao autuado". O magistrado ainda oficiou a unidade prisional a disponibilizar a ele, caso haja viabilidade, um colchão, e a advertiu para que não sejam feitas "fotografias do autuado dentro do presídio".
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Renê foi levado para o Presídio de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no início da noite desta quarta-feira. A unidade prisional é a mesma para onde foi encaminhado Matteos França Campos, de 32 anos, suspeito de matar a própria mãe, a professora Soraya Tatiana Bonfim, no mês passado.
Quem é o suspeito de matar gari?
Renê é casado com a delegada da Polícia Civil de Minas Gerais Ana Paula Balbino Nogueira, que atua na Divisão Especializada de Referência a Pessoa Desaparecida. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), ele teria usado a arma que a policial deixava guardada em casa.
O suspeito trabalhava como vice-presidente de uma empresa de alimentos, mas foi desligado do cargo no dia seguinte à repercussão do crime. Em seu perfil do Instagram, que foi desativado poucas horas após a prisão, ele se descrevia, em inglês, como "cristão, esposo, pai e patriota".
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Renê também se define como "líder, com boa capacidade de comunicação e motivação de equipes diretas e indiretas, com prática no acompanhamento e desenvolvimento de profissionais". Ele ainda se apresenta como um profissional com "excelente capacidade de negociação e de construir relacionamento por meio de engajamento, resolução de problemas e comunicação eficaz".
Entenda o caso
Renê é suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, no Bairro Vista Alegre, na Região Oeste de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (11/8). A vítima trabalhava com alguns colegas quando o empresário, incomodado porque o caminhão de lixo estaria dificultando a passagem de veículos na via. O empresário, então, teria ameaçado a equipe e disparado contra o abdômem do coletor.
O gari foi socorrido e encaminhado ao Hospital Santa Rita, no Bairro Jardim Industrial, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas morreu no local. já o suspeito foi preso em uma academia de ginástica cerca de oito horas após o assassinato e negou a autoria do crime.
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De acordo com a PM, a prisão não foi feita em flagrante e se deu por meio de informações de uma testemunha, que lembrou de parte da placa no carro e pela consulta de câmeras de segurança, cujas imagens capturaram outros caracteres da placa e mostraram que o carro era um BYD Song Plus.