A operação intitulada Cartão Vermelho, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18/9) em Ubá (MG), na Zona da Mata, resultou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa de um dos investigados pela divulgação de falsas “peneiras” no futebol.
As forças de segurança cumpriram, ao todo, 11 mandados em Minas Gerais e São Paulo. São apurados os crimes de estelionato (fraude eletrônica), associação criminosa e lavagem de dinheiro. Além de Ubá, os nomes dos municípios alvos dos demais mandados não foram informados.
As diligências, cumpridas em Ubá por representantes do Ministério Público mineiro e policiais militares, fazem parte da operação Cartão Vermelho do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que tem como objetivo combater fraudes — em sites por todo o país — relacionadas às falsas seletivas para times de futebol. Nesse estado, a investigação identificou golpes na capital, Florianópolis.
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Também foram encontrados sites divulgando falsos processos de seleção nos seguintes estados: Acre, Alagoas, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
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O golpe
Segundo o MPSC, os golpistas cobravam uma taxa de inscrição para os testes. A fim de atrair o público-alvo — jovens e adolescentes —, no anúncio era informado que estariam presentes na “peneira” ex-jogadores com passagem pela Seleção Brasileira, atletas de clubes do estado, empresários e olheiros de times do Campeonato Brasileiro séries A e B, além de representantes de equipes do cenário internacional.
“Para dar credibilidade ao golpe, os investigados exibiam de forma destacada o nome e a logomarca da Federação Catarinense de Futebol (FCF). Contudo, em pesquisa no site da FCF, observou-se uma nota de esclarecimento informando que a instituição não organiza nenhuma “peneira” de futebol. A investigação identificou outras nove federações estaduais que também foram alvo deste mesmo grupo criminoso”, informou o MPSC.
As autoridades não divulgaram o número de vítimas, estimativa de prejuízos e quantas pessoas já foram identificadas no esquema. “As investigações tramitam sob sigilo e, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas”, finalizou o Ministério Público de Santa Catarina.
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