Estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Zona da Mata, em Minas, denunciam um episódio de violência ocorrido na madrugada do último domingo (21/9), na Avenida Santa Rita. Segundo relatos, alunos e cidadãos teriam sido atacados por agentes da Polícia Militar, após uma festa. O Diretório Central dos Estudantes (DCE), publicou nota de repúdio ao ocorrido.
Os estudantes relataram terem sido atacados com tiros de borracha, bombas de efeito moral, cacetetes e spray de pimenta. Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver carros de polícia atravessados na rua, muitas pessoas, inclusive algumas correndo, e fumaça na pista.
A ação ocorreu após o Festival Spring Break, evento que integra as celebrações dos 154 anos de Viçosa, e foi planejado com apoio da prefeitura da cidade, a UFV e a organização da festa. Em publicação feita pela gestão municipal, foi anunciado que, a coordenação do festival entregou R$50.000 ao Complexo Hospitalar de Viçosa, montante articulado em parceria público-privada. O Executivo, no entanto, ainda não se pronunciou sobre o caso.
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A repressão, segundo o DCE, resultou em feridos e demandou o acionamento do Samu. "A violência, além de marcar fisicamente e psicologicamente a comunidade, sobrecarregou os serviços de saúde da cidade, podendo ter comprometido o atendimento de outras emergências. É inaceitável que o poder público trate o direito ao lazer e à ocupação das ruas com violência e repressão”, afirmou o DCE em nota.
O movimento estudantil cobra explicações públicas sobre o ataque por parte da Prefeitura de Viçosa e do Comando da Polícia Militar. Além disso, o Diretório anunciou que irá acionar a Defensoria Pública, o Ministério Público e a Ouvidoria da Polícia para que haja investigação imediata e responsabilização dos envolvidos.
Repercussão
Nas redes sociais, além de vídeos que circulam sobre o ocorrido, estudantes e participantes da festa se manifestaram nos comentários da publicação do DCE. "Um completo absurdo"; "Queremos que sejam punidos"; "A Spring Break foi reconhecida como patrimônio imaterial da cidade, e é assim que a polícia trata os visitantes", foram algumas falas registradas.
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Por outro lado, também houveram comentários parabenizando os policiais e outros se referindo ao evento como "baderna às 3h da madrugada". Conforme as informações gerais do festival, a celebração estava programada para 16h e duração de 8h.
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O Estado de Minas procurou a PM e a prefeitura para esclarecimento dos fatos, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.