Duas clínicas de reabilitação ilegais foram interditadas em Juatuba (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no último final de semana, depois de denúncias. Dentre os crimes denunciados estão cárcere privado, abuso sexual, maus-tratos, agressões, falsificação de documentos e até tráfico de drogas. 48 pacientes foram resgatados e oito funcionários, incluindo o dono, foram presos.

A primeira das clínicas, no bairro Residencial Samambaia, foi denunciada por uma funcionária no sábado (27/9). À Polícia Militar, ela contou que sofria abuso psicológico pelo proprietário e funcionários da clínica. 

Segundo ela, os internos eram agredidos todos os dias para que tomassem medicação psiquiátrica sem receita médica e ficavam dopados. Ela também contou que precisava dividir o alojamento com outro funcionário, que a assediava e a caluniava. 

O responsável pela clínica foi encontrado no local e afirmou que ela estava em “processo de legalização”. Ele apresentou um documento que permitia a permanência de um albergue, sem a admissão de pacientes. 

Questionado sobre os medicamentos que constam na denúncia, ele disse que não havia nenhum. Porém, diversas caixas foram achadas no quarto dele.

Internos dopados

Nesta clínica, 36 internos, com idades entre 20 e 67 anos, foram localizados. Nem todos tinham condições de falar. Conforme a polícia, vários deles apresentavam estado mental alterado, fala arrastada e raciocínio devagar.  

Segundo o boletim policial, os relatos coletados indicam que a maioria deles era obrigada a tomar muitos remédios, sem pedido médico ou conhecimento do que se tratavam as medicações. 

Cada interno pagava uma mensalidade de R$ 2.500. Conforme os registros, alguns eram obrigados a trabalhar na cozinha e na capina. O alimento estava armazenado em condições precárias e, ao ser fornecido, ou estava estragado ou estava com a validade vencida.

Aos militares, uma das vítimas contou que já foi jogada no chão e recebeu chutes para que engolisse a medicação. Uma outra disse que um funcionário enfiou os dedos nos olhos dela para impedir que ela fugisse. Uma terceira interna relatou ter sido abusada sexualmente e recebido uma pílula do dia seguinte por outro interno, que também foi preso. 

Essa raça é rápida, forte e bem resistente. São cavalos bravos, com um coice cuja impacto pode equivaler a uma tonelada. E sua visão é boa. Eram muito usados por índios. Domínio público
Mustang - Comum nos EUA, é descendente de cavalos europeus levados para a América por conquistadores espanhóis e portugueses. Breyer Horses/cavalus.com.br
Suas orelhas são voltadas para cima. Essa raça pode ser de várias cores. Consegue se movimentar em quase 360 graus. Muito articulados, equilibrados, fortes e valentes. Adaptam-se a condições ambientais diferentes. Reprodução do site www.vetsmart.com.br
Marwari - Originário da Índia. Era considerado divino na região de Marwar. É descendente de cavalos de guerra que serviram aos nobres da Índia feudal. reprodução cavalus.com.br
Mangalarga Marchador - Originário do Brasil , é fruto do cruzamento de cavalos portugueses (que vieram para o Brasil com a Corte no século XIX) e cavalos das fazendas do sul de Minas Gerais. Fábio Vidigal via Wikimedia Commons
Muito usado em monarquias e impérios ao longo da história. Chegou às Américas com os colonizadores. Tem harmonia no corpo, resistência e inteligência. BS Thurner Hof wikimedia commons
Andaluz - Originário da Península Ibérica, também chamado de Kings. Considerado o mais antigo cavalo de sela do mundo. Reprodução do site cavalus.com.br
Tem crina macia que não se destaca nos filhotes, mas ganha exuberância nos adultos. Seu galope é enérgico e elegante. Sempre na cor caramelo ou castanho. Perfeitos para equitação, adestramento e arreio. Matthias Walther wikimedia commons
Haflinger - Originário da Áustria e da Itália. Essa raça não é muito grande (varia de 1,37 a 1,52m) . Cavalus/Wikimidia commons
É conhecida pela versatilidade. Durante a Guerra Civil Americana, foi usado como cavalo de instrutor. Anthony Domire Jr wikimedia commons
Morgan - Originário dos Estados Unidos. Essa raça pode ter diversas cores . Reprodução do site www.vetsmart.com.br
Muito usado na Europa medieval. A raça é adequada para adestramento e muito boa para hipismo. reprodução top10mais.org
Frísio - Originário da Holanda. É um cavalo gracioso e ágil. Tem uma crina frisada, bem elegante. Newlitter/commons wikimedia
Também apreciado para a prática de esportes. Paint é pintura em inglês. E as manchas brancas dão o tom do nome do animal. Malcolm Morley wikimedia commons
Paint Horse - Originário dos EUA. Muito usado em fazendas, pois tem uma compleição óssea e muscular forte e balanceada. Reprodução site abcpaint.com.br
Tem músculos fortes, ideais para tração. Sua cor mais comum é preto com partes brancas, crina longa e pelagem nas pernas e patas. Yodaspirine wikimedia commons
Gypsy Vanner - Chamado de Cavalo Cigano no Brasil. Foi difundido por ciganos nativos do Reino Unido. reprodução agro20.com.br
Mede, em média, 1.60m de altura. Sua pelagem varia de cor, mas geralmente em tons escuros. Tem temperamento equilibrado. Popular na Austrália, Nova Zelândia, EUA e Canadá. Domínio Público
Clydesdale - Originário da Escócia. Muito usado como cavalo de tração, também é indicado para equitação terapêutica. Bev Sykes from Davis/Flickr/commons wikimedia
Existem algumas raças que são muito apreciadas pelo mundo devido ao seu porte, beleza e resistência. Veja algumas que costumam chamar atenção e que são bastante valorizadas. Snuffleupagus pixabay
Saiba um pouco da história dessa espécie tão popular. Os cavalos começaram a ser domesticados por volta de 4.000 a.C. E até hoje estão presentes no dia a dia de milhões de pessoas. RobGlenister pixabay
Seja para transporte, passeio ou esporte, o cavalo é um animal que sempre foi aliado dos homens. � admirado e considerado um ótimo parceiro. Pena que certas pessoas não tratem os animais como eles merecem e têm direito. Susann Mielke pixabay
No outro, um cavalo é transportado no banco traseiro de um carro, com a cabeça para fora. Além de não caber no banco , o animal se expõe a dois perigos: o de se ferir ou morrer numa colisão ou de ter a cabeça atingida por algum veículo. Foi na Via Dutra, que liga o Rio a São Paulo, na altura de Belford Roxo. Reprodução de vídeo redes sociais
Em novembro de 2024, dois episódios chocaram as pessoas. No primeiro, um motociclista carrega o cavalo na garupa. O animal está visivelmente desconfortável e com dificuldade de equilíbrio, certamente com dor pela posição inadequada. Foi na cidade de Nova Iguaçu. Reprodução de vídeo redes sociais
Casos sucessivos de maus-tratos contra cavalos têm causado indignação em diferentes áreas do Rio de Janeiro. Alguns casos, inclusive, chegam a espantar pela situação incomum. Nicky por pixabay
Tem porte médio, é ágil, vigoroso e tem pele lisa e pelos finos, sedosos. Seu temperamento é dócil, bom para cavalgadas. Gilberto D. Junqueira wikimedia commons
Em dezembro de 2024, um cavalo foi arrastado, preso a um carro, ao longo de uma ponte na Ilha do Governador. Pessoas revoltadas com a cena gravaram as imagens . Reprodução redes sociais

Objetos pessoais retidos

Na clínica do Residencial Samambaia, foram encontrados documentos e objetos pessoais retidos dos internos escondidos dentro de um sofá. Com eles, também estavam outras caixas medicamentos antidepressivos e psicotrópicos de uso restrito, sem receita, inclusive injetáveis sedativos. Folhas em branco já assinadas com CRM também foram achadas, com assinaturas diferentes, o que configura o crime de falsificação de receita médica. 

Várias caixas de cigarro foram encontradas nas dependências dos funcionários e um dos responsáveis disse que os vendia aos internos. As chaves da clínica ficaram com a Vigilância Sanitária e funcionários da assistência sanitária, juntamente com a Prefeitura de Juatuba, providenciaram abrigo e transporte às vítimas. Seis funcionários da unidade foram presos.

Medo e tentativa de limpeza

No dia seguinte (28), uma outra clínica do mesmo dono foi interditada na cidade, desta vez no bairro Vila Maria Regina. Conforme relatos, a interdição do dia interior causou burburinho entre funcionários, que fizeram a limpeza do imóvel, removeram alimentos estragados e retiraram um interno adolescente do local.

Os militares foram recebidos no local por um dos funcionários, que disse trabalhar como terapeuta ali. A unidade operava sem alvará de funcionamento.

Assim como na clínica anterior, os internos relataram ser dopados por medicamentos que não conheciam e que não eram acompanhados por médicos. 12 deles foram achados com emocional abalado e fome. Apenas dois tinham condições de falar e os outros precisavam de cuidados e assistência médica. Um deles relatou que teve o cartão de crédito com senha recolhido, mas o objeto não foi achado. 

A pessoa que chamou a polícia também era um interno. Ele foi levado por um funcionário a casa de parentes em Betim (MG), na Grande BH, e disse que foi ameaçado caso a polícia descobrisse a clínica. 

O homem foi encontrado com vários hematomas no pescoço. Ele contou que recebeu golpes de mata-leão por tentar fugir e foi agredido com socos e chutes por pelo menos quatro pessoas. Segundo ele, era forçado a trabalhar como vigilante da clínica para que pudesse fazer ligações de telefone.

O funcionário apontado como responsável pelas agressões foi questionado pela polícia e disse que só o imobilizou e o encaminhou para a coordenação da clínica. 

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Diversos medicamentos vencidos e de uso controlado foram recolhidos da clínica. Os internos foram alimentados e conduzidos a um abrigo de Juatuba. Dois funcionários foram presos nesta unidade. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

As clínicas são responsabilidade do Grupo Fênix. Nas redes sociais, divulgam tratamento para alcoolismo e dependência clínica. O grupo foi procurado para um posicionamento e a reportagem aguarda retorno.

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