Metanol em bebidas: sindicato cobra fiscalização mais rigorosa
Mesmo sem casos confirmados em Minas Gerais, o cenário preocupa entidades do setor de bebidas
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O Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas MG) se manifestou nesta quinta-feira (2/10) sobre os recentes casos de contaminação de bebidas alcoólicas por metanol em São Paulo. A entidade cobra das autoridades competentes uma “atuação mais rigorosa e permanente” para interromper a produção, distribuição e consumo de bebidas falsificadas no país.
Minas Gerais é o estado com maior número de produtores de cachaça do país e o segundo com mais rótulos de cerveja registrados em 2024, segundo o sindicato. “Atuar com firmeza contra o mercado ilegal é, portanto, uma medida necessária para proteger tanto a saúde pública quanto a integridade de uma cadeia produtiva estratégica para Minas e para o país”, disse em nota.
A entidade ainda destacou a importância de distinguir a indústria formal das práticas ilegais que colocam a saúde da população em risco. "Os produtores legalizados seguem padrões definidos por lei e são constantemente fiscalizados pelos órgãos competentes. O mercado ilegal, por outro lado, se aproveita da falta de estrutura de fiscalização e da fragilidade das penas para seguir operando com relativa impunidade".
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As bebidas alcoólicas têm seu registro e processo de produção regulados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Já a fiscalização de estabelecimentos que comercializam esses produtos, como bares, restaurantes e distribuidoras é de responsabilidade das vigilâncias sanitárias.
Ao Estado de Minas, o presidente do SindBebidas, Mário Marques, relatou que a entidade tenta combater o comércio de bebidas adulteradas há muitos anos. “Lutamos há muito tempo contra esse fator. Esses produtos clandestinos custam de 30 a 50% mais barato do que a industrialização. Não por força de produção, mas por força de sonegação”, completou.
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Orientações do SindBebidas para consumidores e estabelecimentos:
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Sempre exigir nota fiscal, o que garante procedência e legalidade do produto;
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Evitar bebidas com preços muito abaixo do padrão do mercado;
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Comprar somente em locais de confiança, como supermercados, distribuidoras credenciadas, bares e restaurantes reconhecidos;
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Observar a integridade da embalagem, como lacres, rótulos e dados impressos;
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Descartar garrafas de forma correta, preferencialmente inutilizando a embalagem para evitar reutilização por falsificadores.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice