INVESTIGAÇÃO

Como a polícia de Minas Gerais localiza e captura foragidos

Do monitoramento de redes sociais ao trabalho de inteligência nas ruas; conheça as técnicas e tecnologias usadas pelas forças de segurança mineiras

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Dois suspeitos foram presos pela tortura e morte de um homem em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas. Outros três envolvidos no mesmo crime ainda estão à solta. Para capturar suspeitos, a Polícia Civil e a Polícia Militar de Minas Gerais contam com uma complexa operação que mistura tecnologia de ponta com métodos tradicionais de investigação.

Longe de ser um jogo de sorte, a localização de um fugitivo é um quebra-cabeça montado peça por peça. Envolve o cruzamento de dados digitais, vigilância discreta e um profundo conhecimento do comportamento humano. As forças de segurança mineiras combinam diferentes estratégias para fechar o cerco, transformando cidades e até mesmo o ambiente virtual em um campo minado para quem tenta escapar da Justiça.

A caçada digital: o primeiro passo é on-line

Assim que uma ordem de captura é expedida, a primeira arena de busca é o mundo digital. Investigadores mergulham nas redes sociais do foragido e de seu círculo próximo, como familiares e amigos. Um deslize, como uma foto postada no lugar errado ou um comentário descuidado, pode entregar a localização ou o próximo passo do suspeito.

O rastro financeiro também é uma pista valiosa. Transações via PIX, uso de cartões de crédito ou débito e saques em caixas eletrônicos criam um mapa de movimentação. As operadoras de telefonia são acionadas para rastrear a localização de celulares, uma das ferramentas mais eficazes para determinar a área onde o fugitivo se esconde.

O trabalho de campo: inteligência nas ruas

Enquanto a equipe digital analisa os dados, policiais em campo iniciam o trabalho de inteligência humana. Conversas com informantes e membros da comunidade podem fornecer pistas cruciais sobre possíveis esconderijos ou redes de apoio que o foragido possa estar utilizando para se manter oculto.

A vigilância discreta, conhecida como "campana", é montada em locais que o suspeito costumava frequentar ou onde residem pessoas de sua confiança. Horas de observação são dedicadas a monitorar a rotina desses endereços, aguardando um movimento em falso que confirme a presença do alvo. A paciência, nesse momento, é uma das principais armas dos investigadores.

Além disso, um alerta é emitido para todas as unidades policiais, incluindo as que atuam em rodoviárias, aeroportos e nas divisas do estado. A checagem de documentos em abordagens de rotina se torna uma ferramenta fundamental para interceptar fugitivos que tentam deixar a região.

Tecnologia a favor da lei

Minas Gerais conta com um arsenal tecnológico que auxilia diretamente nessas buscas. O sistema de monitoramento por câmeras, presente em diversas cidades, utiliza softwares de reconhecimento facial e de placas de veículos. Um carro ligado a um foragido pode acionar um alerta imediato ao passar por uma dessas câmeras.

Bancos de dados integrados também são essenciais. O Sistema de Identificação Automatizada de Impressões Digitais (AFIS, na sigla em inglês) permite cruzar digitais encontradas em locais de crime com um vasto registro de suspeitos. Da mesma forma, bancos de dados com informações criminais e mandados de prisão são consultados em tempo real durante qualquer abordagem policial.

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Como você pode ajudar a localizar um foragido?

A colaboração da população é um fator decisivo em muitas capturas. No entanto, é fundamental saber como ajudar de forma segura e eficaz. Seguir os canais corretos garante a sua segurança e a qualidade da informação que chega até a polícia.

  1. Use o Disque Denúncia Unificado (DDU)
    O principal canal é o telefone 181. A ligação é gratuita, sigilosa e o anonimato é garantido. Ao ligar, forneça o máximo de informações possíveis, como o local onde o suspeito foi visto, suas características físicas, roupas que usava e, se possível, a placa de algum veículo que ele esteja utilizando.

  2. Consulte os portais de procurados
    As polícias Civil e Militar, assim como a Polícia Federal, mantêm portais on-line com fotos e informações sobre os foragidos mais perigosos. Ficar atento a esses rostos pode ajudar na identificação casual de um suspeito em locais públicos.

  3. Observe com atenção, mas com discrição
    Se você suspeita que um vizinho novo ou alguém em seu bairro pode ser um foragido, observe a rotina de forma discreta. Movimentações estranhas, como pessoas que nunca saem de casa durante o dia ou recebem visitas em horários incomuns, podem ser um sinal. Anote os detalhes e repasse ao 181.

  4. Nunca confronte o suspeito
    Jamais tente abordar, confrontar ou deter um foragido por conta própria. Essas pessoas são consideradas perigosas e podem reagir de forma violenta. Sua função como cidadão é informar as autoridades competentes e deixar que elas realizem a abordagem com segurança.

  5. Compartilhe apenas informações oficiais
    Nas redes sociais, compartilhe apenas as publicações oficiais das forças de segurança sobre pessoas procuradas. Evite espalhar boatos ou informações não verificadas, que podem atrapalhar as investigações e colocar pessoas inocentes em risco.

Qual o primeiro passo da polícia na busca por um foragido?

Geralmente, o primeiro passo é a investigação digital.

Analistas monitoram redes sociais, rastreiam transações financeiras e solicitam a localização de celulares.

A tecnologia realmente faz diferença nas capturas?

Sim, a tecnologia é um fator decisivo.

Sistemas de reconhecimento facial e de placas de veículos, integrados a câmeras de segurança, podem emitir alertas em tempo real.

Bancos de dados de impressões digitais e informações criminais permitem a identificação rápida de suspeitos durante abordagens de rotina.

E o trabalho tradicional de investigação ainda é importante?

Sim, é fundamental. O trabalho de campo complementa a tecnologia.

A inteligência humana, por meio de informantes e vigilância discreta, continua sendo essencial para confirmar informações e localizar esconderijos.

Como um cidadão comum pode colaborar de forma segura?

A forma mais segura e eficaz é usar o Disque Denúncia, pelo telefone 181.

O sigilo é absoluto e você pode repassar informações sem se expor. Nunca tente abordar um suspeito por conta própria.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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