REGIÃO METROPOLITANA

Cidade da Grande BH registra novo caso de febre maculosa

Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de MG, Matosinhos soma três casos da doença, com duas mortes

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A cidade de Matozinhos (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, confirmou um novo caso de febre maculosa, segundo informações do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que reúne dados até 13 de outubro. O município soma três casos confirmados da doença, sendo que dois deles resultaram em morte.

Até a última atualização do boletim da SES-MG, foram confirmados 33 casos de febre maculosa em Minas, com cinco óbitos. Os dados são contabilizados conforme o município de residência, mas ele não corresponde necessariamente ao local provável de infecção, que é objeto de investigação pelas equipes municipais de vigilância. Há ainda 12 casos sob investigação.

Dentre as mortes em Matozinhos, uma se trata de um adolescente de 17 anos, que chegou a ser internado em uma unidade de saúde de BH. A informação foi confirmada pelo secretário de estado de saúde, Fábio Baccheretti, em entrevista ao Estado de Minas.

A reportagem buscou contato com a Prefeitura de Matozinhos e aguarda retorno. No dia 6 deste mês, a administração municipal informou que está mobilizada em uma série de ações preventivas e de controle da doença.

Em 2025, o estado já confirmou cinco contaminações fatais. Os dois primeiros registros aconteceram em Caeté, também na Grande BH, e o terceiro em Caratinga (MG), no Rio Doce. Com o novo boletim, o número de mortes ultrapassa o quantitativo do ano anterior, que registrou 4 mortes.

Segundo a SES-MG, dos 33 casos confirmados, 5 foram em Belo Horizonte, 4 em Itabira, 3 em Santa Luzia e em Matozinhos e 2 em Caeté e Contagem. Bambuí, Betim, Boa Esperança, Caratinga, Itueta, Lagoa Santa, Ouro Preto, Paracatu, Pedro Leopoldo, Serranópolis de Minas, Serro, Varginha, Vespasiano e Volta Grande contabilizam, cada uma, um caso de febre maculosa.

Situação em BH

Embora a SES-MG contabilize cinco casos da doença em Belo Horizonte neste ano, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou, nesta quarta-feira (15/10), que a capital registrou apenas quatro. Três pacientes tiveram infecção em outras cidades, e um, em Belo Horizonte. No ano passado, foram registrados 11 casos importados, ou seja, de moradores que se infectaram em outros municípios.

De acordo com a pasta, a diferença pode ocorrer devido a diferença nos sistemas que as secretarias extraem os dados.

Em nota, a PBH informou que o município mantém uma vigilância epidemiológica contínua e sistemática, voltada à prevenção e à redução dos riscos de ocorrência da doença, com ações de conscientização e orientação da população. Além disso, segundo o Executivo, os profissionais que atuam nas unidades de saúde estão preparados para identificar casos suspeitos da doença.

Quais são os sintomas?

  • Febre
  • Dor de cabeça intensa
  • Náuseas e vômitos
  • Diarreia e dor abdominal
  • Dor muscular constante
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés
  • Gangrena nos dedos e orelhas
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória

O que é a doença?

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa.

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico da doença é muito difícil, principalmente durante os primeiros dias, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia.

No entanto, o médico deve avaliar os sintomas e perguntar onde a pessoa mora ou se esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas, onde possa ter sido picado por um carrapato. Outros exames podem ser feitos para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.

Como é o tratamento?

O tratamento, que é essencial para evitar formas mais graves da doença e até mesmo a morte da pessoa, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico.

Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. O medicamento é administrado por 7 dias, devendo ser mantido por 3 dias após o término da febre. A falta ou demora no tratamento da doença pode agravar o caso e evoluir para a morte.

A partir da suspeita clínica de febre maculosa, o tratamento com antibióticos deve ser iniciado imediatamente, mesmo antes do resultado laboratorial.

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Como se prevenir da doença?

  • Use roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro.
  • Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas.
  • Evite andar em locais com grama ou vegetação alta.
  • Use repelentes de carrapatos;
  • Verifique se você e seus animais de estimação estão com carrapatos;
  • Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça.
  • Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água.
  • Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos carrapatos.

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