A Prefeitura de Ipatinga afirmou que, até o momento, não há confirmação de que o óbito registrado na cidade, em 8 de outubro, seja em decorrência de uma intoxicação por metanol. O caso entrou na lista de prováveis intoxicações do Ministério da Saúde nessa sexta-feira (10/10). Em nota, divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde, o executivo afirmou que o paciente, de 26 anos, não era morador da cidade. 

No documento, a prefeitura da cidade informou que o jovem foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Açucena, cidade a 65 quilômetros de distância de Ipatinga. 

Ainda segundo a nota, o paciente estava com crises convulsivas e alteração de consciência. “Vale ressaltar que foram adotados todos os protocolos clínicos de emergência e o caso foi comunicado ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox/MG), que orientou a equipe médica”. 

A causa da morte ainda está sendo investigada pelo laboratório da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O corpo do jovem foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML). 

“A Prefeitura reforça que não há indícios de surto ou risco coletivo relacionado ao consumo de bebidas adulteradas em Ipatinga e reitera seu compromisso com a transparência e a informação responsável à população”, concluiu o executivo. 

Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (Cievs-Minas), informou que a causa do óbito está sendo investigada. 

Situação no Brasil

No Brasil, até a noite dessa sexta-feira (10/10), havia o registro de 12 mortes suspeitas de terem sido provocadas por metanol em investigação. Além do caso de Ipatinga, são: 1 no Ceará; 1 no Mato Grosso do Sul; 3 em Pernambuco; e 6 em São Paulo.

No estado de São Paulo, cinco óbitos foram confirmados, de acordo com o último balanço do Ministério da Saúde. No país, são 29 casos confirmados de intoxicação por metanol, 217 em investigação e 249 suspeitas descartadas. 

Descartados em Minas

Dois casos suspeitos de intoxicação por metanol em Minas Gerais já foram descartados. Eles haviam sido notificados em Belo Horizonte e Poços de Caldas, no sul do estado. Na última quarta-feira (8/10), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que não foram detectados metanol nem ácido fórmico nas amostras de sangue da paciente de 48 anos internada na capital mineira com suspeita de intoxicação por metanol. 

A mulher apresentou sintomas como dor abdominal, náuseas, vômitos e cefaleia após consumir bebida alcoólica. Já na terça-feira (7/10), a SES-MG também descartou um possível caso em Poços de Caldas.

O que fazer em caso de suspeita de intoxicação?

A SES-MG recomenda que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa. Em caso de sintomas como náuseas, vômitos, dor abdominal, alterações visuais e sonolência, a orientação é buscar ajuda médica imediatamente.

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (CIATox/MG) está disponível 24 horas para orientação técnica e assistência em possíveis casos de intoxicação. Em caso de dúvidas, é possível entrar em contato com o CIATox/MG pelos números 0800-722-6001 e (31) 3239-9308.

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A SES-MG alerta a população sobre os riscos do consumo de bebidas de procedência duvidosa. Em caso de sintomas como náuseas, vômitos, dor abdominal, cefaleia — geralmente de forte intensidade — confusão, vertigem, perda ou borramento da visão, especialmente quando persistem ou se agravam entre 6 e 72 horas após a ingestão de bebida destilada, é fundamental procurar atendimento médico imediato.

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