Uma das maiores grifes de joias no mundo, a Tiffany&Co tentou motivar os funcionários e melhorar o clima em suas lojas. Mas a ideia deu errado e acabou se tornando motivo para diversas demissões. Em meados de 2023, os executivos lançaram um aplicativo interno chamado “Tiffany Joy”, ou “alegria na Tiffany”. A ideia era que os colaboradores publicasse fotos de momentos significativos nas lojas, como grandes vendas e casais celebrando o amor com alianças da grife.
No entanto, o que era para ser uma manifestação espontânea se tornou uma pressão dos superiores da empresa, que cobravam mais postagens dos trabalhadores e exigiam curtidas nos posts. Por isso, no início de 2024, o app ganhou o apelido de “Forced joy” – alegria forçada.
O clima ruim que se instaurou sobrou para o diretor da marca nos Estados Unidos, Christopher Kilaniotis. Diversos funcionários se disseram surpresos de ver que o empresário preferiu se concentrar no desenvolvimento do app, em vez do funcionamento das lojas, que representam quase metade da receita global da Tiffany.
Na prática, a “Alegria forçada” era cobrada, enquanto as lojas não batiam as metas e via os funcionários debandaram para as concorrentes. Uma das principais críticas era de que os trabalhadores tinham metas inalcançáveis, com bonificações que não eram pagas. O resultado: em dezembro de 2024, a Tiffany nos Estados Unidos perdeu 40% dos vendedores de tempo integral, em relação ao ano anterior, segundo o jornal O Globo.
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No entanto, a Tiffany divulgou que a rotatividade de funcionários na loja caiu 5% em 2024 em comparação com 2023, mas sem divulgar qual a taxa de rotatividade. A empresa também informou que as comissões anuais médias dos vendedores aumentaram 5% no mesmo período, mas sem divulgar números específicos.