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Estado de Minas AQUISI��O

Dona da Louis Vuitton compra Tiffany's por R$ 68 bilh�es

Com 75 marcas de luxo no portf�lio, LVMH tem planos para acelerar a internacionaliza��o da centen�ria empresa americana para regi�es com demanda crescente, como alguns pa�ses da �sia


postado em 26/11/2019 04:00 / atualizado em 26/11/2019 08:11

A famosa joalheria foi fundada em 1837, em Nova York, por Charles Lewis Tiffany, e hoje conta com 300 lojas (foto: Johannes Eisele/AFP)
A famosa joalheria foi fundada em 1837, em Nova York, por Charles Lewis Tiffany, e hoje conta com 300 lojas (foto: Johannes Eisele/AFP)
S�o Paulo – Dono da maior fortuna da Fran�a, o empres�rio Bernard Arnault conseguiu arrematar a joia da coroa que faltava agregar ao seu patrim�nio. Na manh� de segunda-feira, foi confirmada a assinatura do acordo entre a LVMH, pertencente ao bilion�rio, e a centen�ria Tiffany & Co. O valor do neg�cio foi de US$ 16,2 bilh�es, em torno de R$ 68 bilh�es.
 
Com a aquisi��o, Arnault, diretor-geral e CEO da LVMH, poder� colocar em pr�tica a estrat�gia de crescimento j� testada nos Estados Unidos e expandir simultaneamente sua presen�a em todo o mundo, especialmente em mercados asi�ticos mais promissores. Ao mesmo tempo, o bilion�rio agrega ao portf�lio da holding mais uma marca exclusiva.
 
A caminhada pode parecer �rdua, mas faz pelo menos tr�s anos que Arnault vem encorpando o portf�lio de seu neg�cio, que vai das bolsas Louis Vuitton ao espumante Dom Perignon. Grupo dominante no mercado de luxo, a empresa tem valor de mercado de US$ 223 bilh�es. Arnault, � claro, tem aproveitado essa expans�o e sua fortuna pessoal aumentou para quase a metade desse valor.

J� a Tiffany, por sua vez, � uma esp�cie de institui��o no mundo da joalheria. O tom de azul de suas embalagens (a chamada Blue Box) agu�a o desejo de consumo de ricos, muito ricos e riqu�ssimos. Fundada h� 182 anos nos Estados Unidos, a empresa tamb�m se consagrou na literatura e no cinema a partir da obra do escritor Truman Capote, Breakfast at Tiffany’s, que ganhou o t�tulo de Bonequinha de Luxo, com a atriz Audrey Hepburn como protagonista.
 
Muito dependente do mercado americano, de onde vem cerca de 40% das vendas, a Tiffany tem uma margem operacional de 17%, cerca da metade do n�vel dos neg�cios de joias da rival LVMH Richemont, que inclui as marcas Cartier e Van Cleef & Arpels.
 
Arnault deixa claro que n�o pretende perder tempo na busca por uma estrat�gia para a nova aquisi��o. Desde a compra da opera��o da Bvlgari, a LVMH reformulou a linha de produtos de luxo e deu mais �nfase � heran�a e � est�tica italiana da marca. As vendas dobraram desde a aquisi��o, em 2011, com lucros aumentando cinco vezes, declarou o diretor-geral da LVMH.
 
Outro investimento foi na melhoria da localiza��o das lojas da Bvlgari. Especialistas acreditam que decis�es como essas, al�m do formato de comunica��o e marketing da LVMH nas m�dias sociais, poder�o alavancar os neg�cios da Tiffany. Fala-se ainda de um incremento na linha de rel�gios da marca americana e de produtos na faixa de pre�o entre US$ 1 mil e US$ 10 mil.

O ACORDO


No neg�cio, a LVMH aceitou pagar US$ 135 por a��o da joalheria americana, o que representa um pr�mio de 37% acima do pre�o divulgado no in�cio das conversas, no fim de outubro. Com o acordo, a previs�o � que haja um incremento no lucro l�quido da LVMH em 2020 da ordem de 5%, informou a companhia. A compra ser� financiada por meio de um empr�stimo-ponte de US$ 8,5 bilh�es, uma linha de commercial papers de US$ 5,75 bilh�es e uma linha de cr�dito rotativo de 2,5 bilh�es de euros, a ser refinanciada nos mercados de t�tulos.
 
Em comunicado conjunto, as duas companhias informaram: “A aquisi��o da Tiffany fortalecer� a posi��o da LVMH em joalheria e aumentar� ainda mais sua presen�a nos Estados Unidos”. Segundo o presidente-executivo da marca americana, Alessandro Bogliolo, o neg�cio “fornecer� mais suporte, recursos e impulso”.


Empresas de artigos de luxo faturaram US$ 247 bilh�es


Dados divulgados em abril pela consultoria Deloitte mostram que as 100 principais empresas de artigos de luxo do mundo geraram uma receita agregada de US$ 247 bilh�es no ano fiscal de 2017 encerrado em junho de 2018, acima US$ 217 bilh�es no ano anterior – um aumento de US$ 30 bilh�es. O crescimento anual foi de 10,8%, bem acima do registrado no ano anterior, de 1%. Entraram na lista da Deloitte empresas de artigos de luxo do mundo com receita m�nima a partir de US$ 218 milh�es, o que representou um aumento de US$ 7 milh�es em rela��o ao levantamento relativo ao ano fiscal de 2016.
 
O setor mostrou bom desempenho, segundo a consultoria, apesar da recente desacelera��o do crescimento econ�mico nos principais mercados, como China, pa�ses da Zona do Euro e Estados Unidos. Do total de 100 empresas pesquisadas, 76% apontaram crescimento nas vendas de luxo em 2017. Quase a metade delas registrou um avan�o de dois d�gitos na compara��o com o ano anterior.

A It�lia, segundo o ranking, foi mais uma vez o pa�s l�der em artigos de luxo quanto ao n�mero de empresas. J� a Fran�a, ber�o da LVMH, despontou com o melhor desempenho em crescimento de vendas. Em quantidade de empresas, o segmento de roupas e cal�ados lidera o levantamento da Deloitte. J� no quesito crescimento de vendas de artigos de luxo quem ficou no topo da lista foi o setor de cosm�ticos e fragr�ncias.

BRASIL DECEPCIONA

Enquanto os n�meros internacionais superam os solavancos da economia, o mesmo n�o tem sido visto no Brasil. Nos �ltimos anos, algumas marcas deixaram o pa�s em decorr�ncia do resultado insatisfat�rio de suas opera��es. Entre as empresas que abandonaram o mercado brasileiro est�o a Versace, Lanvin, Kate Spade e Cacheron Constantin.
 
Al�m do ambiente econ�mico hostil, as grandes marcas de luxo sempre tiveram de conviver com caracter�sticas muito particulares do mercado nacional. Uma dela � o baixo volume de turistas estrangeiros com muito dinheiro que chegam ao Brasil. Al�m disso, o setor � pressionado por uma alta carga tribut�ria. As grifes internacionais convivem ainda com a cultura local do parcelamento das compras.

O que � o grupo LVMH


A holding � formada por 75 marcas. Fazem parte do portf�lio do grupo grifes como Mo�t & Chandon, Dom P�rignon, Veuve Clicquot, Chandon, Louis Vuitton, Christian Dior, Givenchy, Bvlgari, TAG Heuer, Sephora e hot�is Cheval Blanc.  No primeiro semestre de 2019, o faturamento do grupo franc�s foi de 25,1 bilh�es de euros, 15% acima do registrado no mesmo per�odo do ano passado. Seu valor de mercado � de US$ 223 bilh�es.

O que � a Tiffany & Co.


Em 1837, Charles Lewis Tiffany fundou sua empresa em Nova York, nos Estados Unidos. A loja logo foi apontada como o “pal�cio das joias”, devido � qualidade das pedras preciosas. Atualmente, a companhia, que conta com cerca de 14 mil funcion�rios, atua em toda a cadeia de joias, rel�gios e acess�rios de luxo. S� nas oficinas da empresa trabalham em torno de 5 mil artes�os, respons�veis por cortar e manusear os diamantes. Atualmente, a marca conta com 300 lojas.



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