Formada pela UFMG, atua no jornalismo desde 2014 e tem experiência como editora e repórter. Trabalhou na Rádio UFMG e na Faculdade de Medicina da UFMG. Faz parte da editoria de Distribuição de Conteúdo / Redes Sociais do Estado de Minas desde 2022
Corpo de Juliana Marins foi resgatado depois de sete horas de trabalho crédito: Instagram / reprodução
O corpo de Juliana Marins foi içado por agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) da Indonésia nesta quarta-feira (25/6), depois de mais de sete horas de operação. A jovem de 26morreu após sofrer um acidente na trilha de um vulcãono Parque Nacional do Monte Rinjani. Seu corpo foi levado ao posto de Sembalun em uma maca. E, depois, levado em uma aeronave até o hospital Bayangkara.
A informação é do chefe da Basarnas, Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i. “Após a entrega oficial do corpo pela Basarnas ao hospital, o processo de repatriação ou procedimentos posteriores ficarão a cargo das autoridades e da família”, disse a uma emissora local.
Os trabalhos começaram por volta de 12h20 no horário local – 1h40 da madrugada no Brasil. A jovem brasileira foi encontrada morta na terça (24/6) após cair de uma trilha de um vulcão na Indonésia. A queda ocorreu no sábado.
Um alpinista voluntário que atuou nas operações de resgate lamentou que não conseguiu encontrar a brasileira com vida. “ Meus sentimentos pela morte da montanhista brasileira. Não pude fazer muito, só consegui ajudar desta forma. Que suas boas ações sejam aceitas por ele. Amém!”, escreveu em um story.
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que havia desaparecido após escorregar e cair em um penhasco no Monte Rinjani, na Indonésia, foi encontrada morta. Montagem/Reprodução/Redes Sociais
Ela foi vista com vida pela última vez em imagens de drone, num espaço pequeno do paredão, onde ainda estava se movimentando. Reprodução de vídeo de drone
Depois, segundo as autoridades locais, Juliana foi localizada por um drone a cerca de 500 metros de profundidade no penhasco, mas sem se mover Reprodução/Instagram
A confirmação de que Juliana não havia resistido veio pelas redes sociais. A família vinha acompanhando o caso com angústia. Reprodução de redes sociais
As tentativas de resgate tinham sido infrutíferas. Duas equipes de resgate tentaram alcançá-la, mas por conta das condições do terreno, neblina e obstáculos, a instalação de ancoragens não foi possível, forçando a retirada dos socorristas por segurança. Reprodução/Instagram
Executar um resgate no local é considerado algo extremamente complexo por conta do relevo acidentado e das condições climáticas. Reprodução/Instagram
Uma reunião com o governador da província de Sonda Ocidental avaliou a possibilidade de uso de helicópteros, dentro da chamada “janela de ouro” de 72 horas. Reprodução/Instagram
No entanto, o chefe do resgate destacou que, embora tecnicamente possÃvel, a operação exigiria um helicóptero "adequado" e enfrentaria riscos devido à s rápidas mudanças climáticas. Montagem/Reprodução/Instagram
"A equipe permanece de prontidão e comprometida em continuar os melhores esforços em prol da segurança e da humanidade. A natureza deve ser respeitada, a segurança continua sendo o principal fator", disse um comunicado. Reprodução/Instagram
Juliana participava de uma trilha de três dias pelas encostas do Monte Rinjani, considerada uma das mais difíceis da Indonésia, com altitudes superiores a 3.700 metros. Reprodução/Instagram
A brasileira foi vista pela última vez no sábado (21/06), por volta de 17h10 do horário local, em imagens de drone registradas por outros turistas. Desde então, está sem água, comida ou agasalhos. Montagem/Reprodução/Redes Sociais
Apesar das buscas terem sido retomadas nesta segunda-feira (23/06), as tentativas foram interrompidas devido às condições climáticas desfavoráveis. Wikimedia Commons/ Midori
A família, que tem divulgado informações pelas redes sociais, cobra urgência e acusa as autoridades de negligência. Reprodução/Redes Sociais
Fotos divulgadas em uma conta no Instagram dedicada ao caso mostram Juliana caminhando e posando para fotos pela trilha, momentos antes do acidente. Montagem/Reprodução/Redes Sociais
O Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, localizado na ilha de Lombok, localizado a leste da capital Bali. Wikimedia Commons/Giovari max
Em altura, ele é superado apenas pelo Monte Kerinci, em Sumatra, que tem 3.805 metros. Wikimedia Commons/Muhamad Izzul Fiqih
A região ao redor do monte faz parte do Parque Nacional de Gunung Rinjani, uma área protegida de grande importância ecológica e cultural da Indonésia. Wikimedia Commons/Suryasriyama
A impressionante caldeira do vulcão, que abriga o lago Segara Anak, foi formada após uma erupção há cerca de 700 anos. Pexels/ROMAN ODINTSOV
No interior do lago, o cone vulcânico chamado "Gunung Barujari" continua ativo até os dias de hoje. Wikimedia Commons/Yon Ilahi
A região também é conhecida por suas trilhas desafiadoras, paisagens exuberantes e vistas panorâmicas que revelam tanto o oceano quanto os vales florestais da ilha. Eugene Chow/Unsplash
Para os habitantes locais, o Monte Rinjani tem um profundo significado espiritual. Maximus Beaumont/Unsplash
Muitos realizam peregrinações ao lago para fazer oferendas e rituais, acreditando que as águas possuam poderes de cura. Wikimedia Commons/Toni Wöhrl and Sang Cai
Além disso, o vulcão desempenha um papel importante na agricultura da região, pois suas encostas férteis sustentam plantações de arroz, café e outros cultivos. Unsplash/Samurai Cheems
Juliana passou quatro dias na encosta, sem água, comida ou abrigo. Seis equipes de resgate atuavam nas buscas. Somente na segunda-feira os bombeiros conseguiram alcançá-la, entre 2.600 e 3.000 metros de altitude. A causa da morte ainda será determinada pelas autoridades locais.
Juliana era natural de Niterói, no Rio de Janeiro, e atuava como publicitária. Era apaixonada por viagens e esportes ao ar livre e fazia um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro deste ano. Durante a viagem, ela passou pelas Filipinas, Tailândia e Vietnã.
Após o acidente, a brasileira não fez contato com a família diretamente, por falta de sinal. As informações chegaram até o Brasil por meio de um grupo de turistas que também fazia a trilha e conseguiu acionar pessoas próximas à vítima por meio de uma rede social.