Mercury Psillakis, um surfista de 57 anos, morreu na Praia de Long Reef, em Sydney, na Austrália, em um ataque de tubarão. A morte ocorreu no sábado (6/9), na véspera da comemoração do dia dos pais no país. Ele deixou a esposa e uma filha pequena. 

Em entrevista à SkyNews, Mark Morgenthal, que estava na praia na hora do ataque, relata que a vítima gritou repetidamente “não me morda” antes de morrer. Ele disse que o tubarão era um dos maiores que já havia visto, medindo cerca de 6 metros. 

A testemunha relatou, ainda, que o resgate foi chamado e os serviços de emergência chegaram rapidamente, mas a vítima já estava morta. “Seus colegas conseguiram voltar à praia em segurança e, pouco tempo depois, seu corpo foi encontrado flutuando nas ondas”, explicou o superintendente da polícia de Nova Gales do Sul, John Duncan.

As autoridades recuperaram duas partes de uma prancha de surfe e fecharam as praias próximas enquanto drones e especialistas em vida selvagem tentam determinar a espécie de tubarão envolvida. A área está sendo monitorada. 

A prefeitura de Jaboatão informou que o trecho, de mais de 2 km de extensão, fica até interditado em fases com maior risco de ataque de tubarão. Mesmo assim, as pessoas insistem em entrar na água. wikimedia commons/Rafa Tecchio
A praia costuma ter alertas, mas muitos não respeitam. E, no dia seguinte foi a vez de uma jovem ser atacada ao entrar na água. Reprodução
Em março de 2023, um banhista foi atacado por um tubarão na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. Reprodução
Mas os ataques de tubarão não são eventos tão distantes como alguns podem pensar. No Brasil, Recife é uma região que tem sido frequentemente associada a esses incidentes devido a alguns fatores específicos. Flickr /Lucíola Correia/CreativeCommons
O jovem estava pegando onda na praia de Gnarabup, na cidade de Margaret River, que é casa de uma das mais tradicionais etapas do Circuito Mundial de surfe. Divulgação
Um mês depois, em julho, um surfista passou por momentos de desespero na costa oeste da Austrália. Ele foi atacado por um tubarão, mas, mesmo ferido, conseguiu remar por 600 metros até a areia e foi levado para o hospital. Reprodução Twitter
O vídeo nas redes sociais mostra o momento em que o tubarão circula o homem na água. O animal ataca o banhista várias vezes até puxar o russo para o fundo do mar. Logo depois, o vídeo mostra que um barco com salva-vidas chega ao local. Reprodução Twitter
Em junho de 2023, por exemplo, um ataque de tubarão teve um final trágico no Egito. Um homem russo foi morto enquanto nadava no Mar Vermelho, na praia em frente ao hotel Dream Beach, em Hughada. Reprodução Twitter
Esses animais são predadores marinhos com uma reputação temida, em função de casos de ataques a seres humanos que tiveram repercussão. Terry Goss wikimedia commons
Já as mordidas provocadas ocorrem quando há interação humana, como tentativas de tocar ou alimentar o animal. Olga Ernst wikimedia commons
Mordidas não provocadas são definidas como incidentes em que o tubarão ataca um humano em seu habitat natural sem qualquer provocação. Albert kok for Wikimedia Commons
Segundo o Arquivo Internacional de Ataques de Tubarões (ISAF), da Universidade da Flórida, em 2024 foram investigados 88 casos globais, com 47 mordidas não provocadas e 24 provocadas, resultando em 7 mortes. Imagem de Des Kerrigan por Pixabay
Os ataques de tubarão são eventos não muito frequentes, mas que despertam muito interesse e preocupação nas pessoas. Imagem de PIRO por Pixabay
As autoridades locais alegaram que a mulher tentou se aproximar do tubarão para tirar fotos, mas a família negou, afirmando que o animal a atacou sem qualquer provocação. unsplash
O incidente ocorreu no dia 7/2 e chegou a levar ao fechamento temporário da praia. Reprodução/One Fine Stay

O ataque ocorreu com um surfista experiente, por volta das 9h30 da manhã, acompanhado de cinco ou seis colegas. Segundo ele, a vítima perdeu vários membros durante o ataque.

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Ataques de tubarão são raros na região. Este incidente é considerado o primeiro ataque fatal em Nova Gales do Sul este ano. A última vez que uma pessoa foi morta por um tubarão em Sydney foi em fevereiro de 2022, marcando o primeiro ataque fatal na cidade desde 1963.

Quais praias têm mais risco de ataque de tubarão no Brasil?

  • Boa Viagem – Recife (PE): A praia mais famosa por ataques de tubarão no Brasil. Entre 1992 e 2023, foram registrados mais de 60 incidentes;
  • Pipa – Tibau do Sul (RN): Conhecida pelo turismo, tem histórico de ataques ocasionais, principalmente em áreas de surf;
  • Cotovelo – Parnamirim (RN): Praia frequentada por surfistas e banhistas, com registro de ataques de tubarão-tigre e tubarão-touro;
  • Praia do Forte – Mata de São João (BA): Área turística com registros de incidentes, exigindo atenção de banhistas e nadadores;
  • Barra de Jangada – Maceió (AL): Local com histórico de ataques de tubarões, especialmente em trechos próximos a arrecifes;
  • Porto de Galinhas – Ipojuca (PE): Apesar de ser uma das praias mais visitadas do país, já houve registros de incidentes envolvendo tubarões;
  • Maragogi (AL): Praia com águas rasas e turvas, onde tubarões já foram avistados próximos à costa;
  • Praia do Futuro, Fortaleza (CE): Praia movimentada que também apresenta histórico de encontros com tubarões, embora menos frequente que em Pernambuco.
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