'VALOR INESTIMÁVEL'

Museu do Louvre: ladrões roubam joias de Napoleão em sete minutos

Maior museu do mundo está fechado neste domingo (19/10) e não tem previsão para voltar a receber turistas

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Um dos maiores símbolos culturais do mundo, o Museu do Louvre, em Paris, na França, foi palco de um roubo na manhã deste domingo (19/10). De acordo com informações preliminares, a ação durou apenas sete minutos, com um grupo de três a quatro criminosos mascarados invadindo o museu, levando nove joias da coroa francesa e fugindo em uma scooter em seguida.

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Segundo o ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, os ladrões agiram com precisão e planejamento. “Eles claramente fizeram um reconhecimento prévio. Parecem muito experientes”, afirmou. 

As joias roubadas faziam parte da coleção de Napoleão Bonaparte e da imperatriz Josefina, expostas na Galeria de Apolo, uma das mais emblemáticas do museu. Entre os itens levados estariam um colar, um broche e uma tiara — peças descritas pelo governo francês como de “valor inestimável”.

A Galeria de Apolo, onde ocorreu o roubo, é uma das mais impressionantes do Louvre. Construída a pedido do rei Luís XIV, o mesmo que idealizou o Palácio de Versalhes, ela foi reconstruída após um incêndio e hoje abriga parte das joias da monarquia francesa.

Entre os tesouros da sala está o diamante Regent, de 140 quilates, encontrado na Índia em 1698 e considerado um dos mais famosos do mundo. Segundo fontes do museu, a pedra preciosa não foi roubada.

Um dos itens levados, uma coroa pertencente à Imperatriz Eugénie, foi encontrada danificada do lado de fora do museu, indicando que o grupo pode ter deixado o local às pressas.

O governo francês classificou o episódio como um “grande roubo” e prometeu empenho máximo na busca pelos criminosos. Para o ministro Nuñez, o crime representa “uma ferida aberta no patrimônio francês”.

De acordo com o jornal francês "Le Parisien", os criminosos utilizaram um guindaste acoplado a um caminhão para acessar a lateral do museu voltada para o rio Sena. Em seguida, entraram pelo bloco de serviço e usaram um elevador de carga para chegar diretamente à Galeria de Apolo, onde quebraram vitrines com motosserras e recolheram as joias.

Fontes policiais relatam que dois assaltantes entraram na galeria enquanto outro ficou do lado de fora, dando cobertura. O grupo fugiu em uma scooter, e até o momento, ninguém foi preso. O roubo aconteceu por volta das 9h30 (4h30 no horário de Brasília), poucos minutos após a abertura do museu.

A ministra da Cultura, Rachida Dati, informou que não houve feridos e que as equipes de segurança do Louvre e a polícia estão mobilizadas. “As investigações estão em andamento”, disse.

Louvre fechado e evacuação de visitantes

O museu anunciou em sua conta oficial na rede X que “permanecerá fechado por motivos excepcionais”. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram visitantes sendo evacuados e seguranças controlando a saída do público. Do lado de fora, os portões metálicos foram fechados, e turistas que chegavam ao local foram informados de que o museu não abriria neste fim de semana.

O Ministério Público de Paris abriu uma investigação por roubo organizado e conspiração criminosa, e a polícia francesa reforçou a segurança no entorno do prédio.

Localizado no coração de Paris, às margens do rio Sena, o Louvre é o maior museu do mundo, com quase 73.000 metros quadrados de espaço para exposições — o equivalente a mais de dez campos de futebol.

Originalmente construído em 1546 como um palácio real, o edifício foi residência da família real francesa por séculos. Seu primeiro morador, o rei Francisco I, era um grande amante das artes e sonhava que o palácio abrigasse sua coleção pessoal — origem do que hoje é o acervo do museu.

Atualmente, o Louvre exibe mais de 35.000 obras de arte, incluindo ícones como a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia. Com cerca de 30 mil visitantes por dia e mais de 8,7 milhões de visitantes anuais, é o museu mais visitado do planeta.

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O Louvre tem um histórico de episódios marcantes envolvendo furtos e tentativas de roubo. O mais famoso ocorreu em 1911, quando a Mona Lisa foi furtada por um ex-funcionário, Vincenzo Peruggia, que se escondeu dentro do museu e saiu com o quadro escondido sob o casaco. A pintura foi recuperada dois anos depois, em Florença — episódio que ajudou a transformar a obra no quadro mais famoso do mundo. Em 1983, duas armaduras renascentistas também foram roubadas e só retornaram ao acervo após quase 40 anos.

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