Cleitinho fala sobre o governo Lula e diz que Congresso 'é canalha'
Senador mineiro critica articulação política em Brasília, aponta boicote ao Executivo e diz que apoia projetos que "sejam bons para o povo"
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Siga noO senador Cleitinho (Republicanos) não poupou críticas ao avaliar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a relação com o Congresso Nacional. Para ele, a gestão petista enfrenta desgaste junto à população e esbarra em uma resistência dentro do Legislativo, que, segundo o parlamentar, “é canalha”.
Cleitinho afirmou que não se recusa a apoiar projetos do governo Lula quando acredita que são positivos para a população, mas afirmou que o Congresso não "anda" com as pautas em prol da população. Em entrevista à colunista do Estado de Minas Bertha Maakaroun, ele destacou que, na sua avaliação, o governo não tem respaldo popular para tentar a reeleição em 2026.
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"Acredito que a voz do povo é a voz de Deus. As pesquisas estão mostrando aí que quase 70% não querem que Lula seja reeleito. Então, esse governo não está da forma como Lula, quando ganhou, queria fazer. E acho que a gente tem de ser justo", disse.
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Segundo ele, o Parlamento "também é muito canalha" e, em vez de colaborar, trava projetos, situação que, na sua visão, também ocorreu no governo Bolsonaro. "O Congresso também é muito canalha. Isso era na época do Bolsonaro. Porque se tivesse fazendo o mesmo boicote na época em que Bolsonaro foi candidato à reeleição, eu estaria defendendo o Bolsonaro. O Congresso atrapalha também, em vez de ajudar", opinou.
Apesar das críticas, Cleitinho defendeu sua postura como independente. "Eu tento ser aqui o cara mais justo possível. Eu não sou aliado do Lula, mas tudo o que for a favor do povo aqui vou ajudar. Quer um exemplo? A isenção do IR até a faixa de R$ 5 mil. Eu apoio isso aqui até mais do que a base do Lula. Apoio a escala 5 por 2 e Euclydes, que está comigo aqui, também apoia", disse.
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O senador também destacou que está à frente de uma proposta que, segundo ele, reforça o discurso do próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Vou dar outro exemplo: Fernando Haddad está dizendo que quer trazer o fim dos supersalários. Eu apoio, inclusive é minha a PEC que está aqui. Protocolei com mais de 30 assinaturas para dar fim aos supersalários. Só que não anda aqui", disse se referindo ao Congresso Nacional.