Pesquisa Opus/EM

Pesquisa: obras de infraestrutura são o principal marco da gestão de Damião

Levantamento feito com belo-horizontinos indica que trânsito e transporte público são considerados os maiores problemas da capital mineira

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As intervenções em infraestrutura concentram boa parte da impressão positiva dos belo-horizontinos sobre as ações da prefeitura. Por outro lado, a mobilidade urbana lidera a lista dos principais problemas da capital. Os dados foram obtidos a partir de pesquisa realizada pela Opus Consultoria & Pesquisa por encomenda do Estado de Minas e mostram os desafios da atual gestão na capital mineira.

O levantamento ouviu 500 pessoas nas nove regionais da cidade entre os dias 1º e 3 de julho. Em um dos itens do questionário foi pedido que o entrevistado apontasse o principal marco positivo da atual gestão em Belo Horizonte. A maior parte (51%) não soube ou preferiu não responder à questão. A liderança da lista das respostas é de obras em geral, apontada por 17%.

A lista com os principais marcos segue com melhorias em escolas e creches, com 8%; melhoria dos serviços de saúde, com 7%; o asfaltamento de vias, com 4%; melhorias no transporte público e obras de drenagem, com 3% cada; programas sociais, com 2%; e outras respostas juntas somam 5%.

Matheus Dias, diretor do Opus, faz um cálculo em que chega a quase um quarto das respostas citando, de alguma maneira, algum avanço na área de infraestrutura. Ele também recorda que as obras foram o carro-chefe da campanha eleitoral de Fuad Noman (PSD) e Álvaro Damião (União Brasil), vencedora da eleição em 2024.

“BH é uma cidade muito grande e as obras, os marcos da gestão acabam não chegando a 100% da população. Quando a gente olha o que foi lembrado, o principal está na parte de infraestrutura, seja com obras em geral, que foi citado por 17% dos eleitores, depois asfaltamento de vias e obras de drenagem que somam, ao todo, 24% dos eleitores de BH citando alguma questão de infraestrutura como o marco do governo municipal”, constata o pesquisador.


MOBILIDADE

Assim como em pesquisa similar feita pela Opus em agosto de 2024, questões relacionadas à mobilidade urbana em Belo Horizonte lideram as reclamações dos cidadãos. No ano passado, trânsito e transporte público somavam 32% das respostas sobre a maior mazela do município. Neste ano, o percentual caiu para 28%, mas segue na liderança da lista.

O trânsito foi apontado como o maior problema de BH por 15% dos entrevistados; o transporte público por 13%; os serviços de saúde por 12%; a segurança e as obras por 8% cada; as enchentes por 6%; escolas públicas com 5%; falta de renda e desemprego com 4%; assaltos com 3%; e limpeza das ruas com 2%. Outros 6% das respostas foram divididos entre temas que não chegaram a 1% de menções e 10% dos entrevistados não citaram nenhum problema.

Para Matheus Dias, a permanência da mobilidade urbana na ponta da língua dos belo-horizontinos na hora de reclamar das condições de vida na capital indica que o desafio da atual gestão permanece após as eleições. Além disso, a crítica perene mostra que as soluções têm um caráter mais estrutural e menos pontual.

“Mesmo com as obras de mobilidade que vêm sendo feitas nesta gestão, este tema não saiu de pauta. E dificilmente vai sair porque não é um viaduto ou um recapeamento que vai resolver um problema tão grave quanto o que nós enfrentamos aqui na capital. A gente precisa pensar em um programa mais robusto de investimento em transporte coletivo, como metrô e outros modais que podem melhorar essa situação de forma estrutural”, avalia o pesquisador.


SERVIÇOS ESSENCIAIS

A pesquisa Opus/Estado de Minas também levantou dados de avaliação da satisfação dos belo-horizontinos em relação aos principais serviços públicos da cidade. O único com percepção positiva é a limpeza urbana, apontada como boa ou ótima por 50%; regular por 30%; e ruim ou péssima por 20%.

Os serviços de saúde são apontados como ruins ou péssimos por 39% dos belo-horizontinos; como regulares por 35%; e como bons ou ótimos por 25%. A segurança pública tem 45% de reprovação, 22% de aprovação e 33% dos belo-horizontinos a consideram como apenas regular.

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Além de liderar as respostas sobre o principal problema de BH, a mobilidade urbana amarga as piores avaliações da pesquisa. Em relação ao trânsito, 66% consideram o serviço ruim ou péssimo; 24%, regular; 9% ruim ou péssimo; e 2% não responderam. Especificamente sobre o transporte público, a reprovação é de 54%; a aprovação, de 15%; 23% consideram a qualidade como ‘regular’; e 9% não responderam.

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