'Iria almoçar em uma embaixada, mas não vou mais', diz Bolsonaro
Ex-presidente comentou medidas cautelares e ironizou proibição de se aproximar de representações diplomáticas
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Siga noO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (18/7) que cancelou um almoço que teria em uma embaixada, na próxima semana, por agora estar impedido de se aproximar de representações diplomáticas por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal). A declaração foi dada durante coletiva de imprensa concedida logo após a colocar a tornozeleira eletrônica imposta pela Corte como medida cautelar.
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"Iria almoçar em uma embaixada, mas não vou mais", disse Bolsonaro, de forma irônica. A restrição faz parte das medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que também proibiu o ex-presidente de manter contato com embaixadores e diplomatas, além de restringir o uso de redes sociais, impor o uso da tornozeleira e o recolhimento domiciliar noturno.
As medidas foram autorizadas no âmbito da Petição 14129, que tramita sob sigilo no STF. A decisão também determinou o cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência do ex-presidente, onde foram encontrados cerca de US$ 14 mil, R$ 8 mil em espécie e um pen drive escondido no banheiro.
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Na mesma coletiva, Bolsonaro negou que tivesse intenção de deixar o país ou buscar abrigo em representações estrangeiras. "Nunca pensei em sair do Brasil. Nunca pensei em ir para uma embaixada", afirmou. Bolsonaro também disse na coletiva a operação é uma "suprema humilhação".