Cleitinho defende Bolsonaro, mas não cita operação da PF - (crédito: Redes sociais / AFP)
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O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) publicou um vídeo nas redes sociais nesta sexta-feira (18/7) em que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrou nova operação contra o ex-mandatário. No entanto, em nenhum momento o parlamentar menciona a investigação em curso, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele recuperou a investigação contra Alberto Youssef na Operação Lava Jato.
Na gravação, Cleitinho afirma que, mesmo quem não gosta de Bolsonaro, pode considerar injusta a condenação dele — em referência à possível pena para o ex-presidente sobre a tentativa de golpe de Estado. O senador, porém, não cita nova operação da PF.
“Você pode até não gostar do Bolsonaro, é um direito seu. Agora, pra você que acha que essa condenação de 43 anos de prisão é injusta, senta o dedo e compartilha esse vídeo”, diz o senador no início da publicação.
Cleitinho utiliza trechos de um antigo depoimento do doleiro Alberto Youssef ao então juiz Sergio Moro, no qual ele confessa participação em esquemas de corrupção. O senador critica a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, que anulou provas da Lava Jato envolvendo Youssef, e afirma que “a Justiça brasileira é uma vergonha”.
Outro objetivo é implantar o Pix Garantido, para parcelamento de compras como ocorre com os cartões de crédito.
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Uma das próximas metas é o Pix Internacional, de forma abrangente. Por enquanto, alguns países já aceitam, mas em alguns estabelecimentos. Portugal, por exemplo. Mas há alguma resistência, com críticas de portugueses a uma "brasileirização" dos pagamentos.
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Em junho de 2025, o Banco Central lançou o Pix Automático, para pagamento de contas recorrentes como luz, água e gás. Também vale para quem paga mensalidades de escola, academia, serviços de streaming, por exemplo.
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Em fevereiro de 2025, algumas instituições passaram a disponibilizar o Pix por aproximação, assim como ocorre com certos cartões de crédito. O cliente aproxima o celular da máquina do lojista.
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E o Brasil segue aperfeiçoando o Pix, lançando mão de novidades. Em outubro de 2024, foi criado o Pix Agendado Recorrente, em que a pessoa pode agendar pagamentos de mesmo valor para cair na conta de alguém sempre no mesmo dia de cada mês. É como o conhecido débito em conta. Só que é transferência.
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Segundo reportagem do G1 em 16 de julho de 2025, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, declarou em novembro de 2024 que o paÃs estava perto de ter a população adulta inteira usando a ferramenta. Na ocasião, o Pix completou 4 anos.
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E curiosamente, o Pix ficou tão popular que até camelôs, barraqueiros, vendedores de balas em ônibus , anunciam que aceitam pagamento por Pix.
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O Pix conquistou a confiança das pessoas e se destaca pela praticidade e pela agilidade. Pequenos comerciantes também adotaram o sistema. Não apenas os grandes.
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Em número de movimentações, também houve um grande aumento, com um total de 63,5 bilhões de transações em 2024, contra 41,68 bilhões em 2023.
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Esse montante representou um aumento de 54,6% no valor total das transferências por Pix feitas em 2023. Q expressão "faz um pix" se consolidou.
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Em 2024, o sistema bateu recorde de volume transferido, somando um total de 26,46 trilhões de reais.
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O Pix foi lançado em novembro de 2020, no auge da pandemia da Covid-19. E fez sucesso de forma rápida.
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Nos Estados Unidos, o Federal Reserve, que equivale ao Banco Central , tem um sistema de FedNow que permite a transferência de recursos entre instituições financeiras, mas pode cobrar dos participantes pela transação.
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Há quem veja no Pix , que é gratuito, uma ameaça às bandeiras de cartão de crédito e aos bancos que cobram por pagamentos.
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Embora não cite nominalmente o Pix, o documento faz claramente uma referência ao sistema instantâneo de pagamentos e transferências.
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O governo americano, do presidente Donald Trump, determinou uma investigação sobre o Pix brasileiro, sob alegação de que o sistema instantâneo de pagamentos e transferências pode configurar uma "prática desleal".
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“Eu posso não ter o poder da caneta, mas tenho o poder da minha boca. E a minha boca vocês não vão calar”, diz Cleitinho ao final do vídeo, em tom inflamado.
A operação da Polícia Federal contra Bolsonaro, deflagrada nesta sexta, cumpre mandados de busca na residência do ex-presidente em Brasília e na sede nacional do Partido Liberal. Bolsonaro passará a usar tornozeleira eletrônica e não poderá acessar redes sociais. Também há uma restrição para ele ficar em casa das 19h às 7h e foi proibido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros (não podendo se aproximar de embaixadas), nem com outros réus e investigados pelo Supremo.