O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do Partido Liberal na Câmara, reagiu com indignação à decisão da Justiça que determinou o uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro, alvo de operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (18/7).

Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), são investigados por tentar provocar sanções econômicas dos Estados Unidos contra o Brasil.

Segundo o documento, Eduardo Bolsonaro teria atuado diretamente junto a autoridades norte-americanas para obter punições contra membros do Supremo, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal, alegando que ele e seu pai seriam vítimas de perseguição política. Entre as sanções defendidas pelo parlamentar estavam a cassação de vistos, bloqueio de bens e restrições comerciais.

Foram cumpridos mandados de busca na residência do ex-presidente em Brasília e na sede nacional do Partido Liberal. Bolsonaro passará a usar tornozeleira eletrônica e não poderá acessar redes sociais. Também há uma restrição para ele ficar em casa das 19h às 7h e foi proibido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros (não podendo se aproximar de embaixadas), nem com outros réus e investigados pelo Supremo.

Em publicação nas redes sociais, Sóstenes afirmou que não há crime, condenação ou provas contra Bolsonaro, e classificou as medidas como uma tentativa de calar quem ainda representa milhões de brasileiros. “Isso não é justiça. É censura”, declarou o deputado, listando as restrições impostas.

Sóstenes ainda acusou o sistema judicial de tratar o ex-presidente como um “bandido”, enquanto “corruptos são soltos”, e afirmou que Bolsonaro está sendo punido por ter “enfrentado o sistema”. “É a tentativa desesperada de calar quem ainda representa milhões. Enquanto corruptos são soltos, um ex-presidente é vigiado como bandido. Mas quem tem a verdade como escudo, não teme a mentira de toga. A história está anotando tudo. E o povo também”, escreveu. 

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A operação da PF, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.

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