EM Minas

Semana nublada para Romeu Zema

No campo político-partidário, os primeiros sinais para Zema são de dificuldades em costurar alianças. O cenário se torna ainda mais incerto

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As últimas pesquisas da Quaest, divulgadas na quarta, quinta e sexta-feira, trouxeram más notícias para o início de pré-campanha do governador Romeu Zema (Novo) à Presidência da República. A queda expressiva na aprovação da sua gestão, saindo de 62% na rodada de fevereiro para 55% neste levantamento, mostra que a sua tentativa de se posicionar como um antagonista do presidente Lula (PT) respinga negativamente no seu quintal.

Se em Belo Horizonte o tempo foi ensolarado, sobre o Palácio Tiradentes houve nuvens de chuva na última semana. A aprovação de Zema caiu pelo segundo levantamento seguido, mas só agora foi para além da margem de erro de três pontos percentuais – em dezembro de 2024 era 64%.

Começando pela crítica da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que nas vésperas do julgamento do patriarca por uma tentativa de golpe, deixou público o descontentamento com governadores de direita que já se lançaram como pré-candidatos.

No domingo (17), dia seguinte ao evento de Zema, o vereador Carlos Bolsonaro (PL) chamou os políticos de “ratos” que tentam aproveitar o espólio do ex-presidente inelegível, recebendo endosso do irmão direto dos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Se de um lado nem a família Bolsonaro dá coro ao governador, do outro, os números das pesquisas mostram que a estratégia de polarizar com Lula ainda não dá frutos.

Na terça-feira (19), a convenção que oficializou a chamada “superfederação” entre União Brasil e PP criou a maior força política do país. O bloco terá quase R$ 1 bilhão do fundo eleitoral e 1/3 do tempo de propaganda gratuita na rádio e televisão, fazendo com que sejam praticamente indispensáveis para uma coalizão, principalmente para um partido com estrutura restrita como o Novo.

O União Brasil tem como pré-candidato o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, enquanto o PP sinaliza apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No campo político-partidário, os primeiros sinais para Zema são de dificuldades em costurar alianças. O cenário se torna ainda mais incerto, quando levado em consideração que o presidente Lula ganhou popularidade.

O levantamento de quarta-feira (20) mostra que a aprovação do petista saiu de 43% para 46%, um aumento para cima da margem de erro de dois pontos percentuais. Em Minas, essa aprovação saiu de 35% para 40%, enquanto a desaprovação caiu de 63% para 59%.

Se a eleição fosse hoje, o presidente Lula também venceria Romeu Zema no cenário nacional de 2º turno. A distância para o governador mineiro cresceu em quatro pontos, saindo de 42% em junho para 46% – a maior vantagem do petista desde que o governador foi incluído nas pesquisas, em janeiro.

Contudo, nem todos os sinais são negativos. A pesquisa, realizada entre os dias 13 e 17 de agosto, também mostra que Zema venceria Lula em Minas Gerais, e empataria no limite da margem de erro (2 p.p) em São Paulo, os dois maiores colégios eleitorais do país. Na sua casa, o governador tem 47% das intenções de voto, frente a 34% do petista. Em território paulista, Zema tem 37%, enquanto o presidente marca 39%.

O cenário de derrota de Tarcísio de Freitas também abre o tempo na direita. O governador de São Paulo tem sinalizado para aliados que só entraria na disputa pelo Planalto se as pesquisas fossem favoráveis, uma vez que sua reeleição é altamente provável. Sem ele no jogo, o campo deve se polarizar em diversas candidaturas no primeiro turno, como tem especulado Zema ao ser questionado sobre alianças em entrevistas.

Faltando 14 meses para o primeiro turno, ainda há muita água para rolar por debaixo da ponte. Os números não são motivo para pânico na campanha de Zema, ou para os planos do Novo em usar o governador para eleger deputados federais, mas sinalizam que no futuro próximo pode ser necessário recalcular a rota. É preciso pensar se colar a imagem em Bolsonaro é realmente o melhor caminho para o protagonismo nas urnas.

Lula em Contagem

O Palácio do Planalto incluiu a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Contagem, na próxima sexta-feira na previsão de agendas do petista. A coluna apurou que a gestão da prefeita Marília Campos (PT) já foi informada da possibilidade, e articula o espaço para o evento.

O chefe do Executivo vai anunciar investimentos da seleção do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado para mobilidade, além de visitar às obras da Avenida Maracanã. (BN)

Também em Montes Claros

A coluna também apurou que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e outros aliados do governo, tentam incluir na agenda do presidente uma visita à Montes Claros também no dia 29.

No Norte de Minas, Lula pode participar da inauguração do Combustível Sustentável de Aviação (SAF) da Acelen Renováveis (Acelen Agripark), que conta com investimento total de R$ 314 milhões - R$ 258 milhões em financiamento. A capacidade de produção da planta é de 1 bilhão de litros de combustíveis por ano.

Mudança na Câmara de Varginha

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), fez a recontagem dos votos das eleições de 2024 após confirmar a anulação da chapa do PRD por fraude à cota de gênero.

A medida fez com que os vereadores Fernando Guedes e Lucas Gabriel tivessem os mandatos cassados. A nova distribuição mudou os quocientes eleitorais e partidários, destinando as vagas para Cássio Chiodi (Solidariedade) e Miguel José de Lima (PSD).

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IF no Barreiro

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Juliano Lopes (Podemos), convocou uma reunião extraordinária de Plenário na segunda-feira, para votar o projeto que autoriza a instalação de um campus do Instituto Federal de Educação de Minas Gerais (IFMG) no Barreiro. Essa é a primeira vez que a Câmara terá uma sessão extraordinária desde o início da legislatura. A ideia, é acelerar os processos e evitar que a cidade perca as verbas para a construção do IFMG.

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