O governador Romeu Zema (Novo)  afirmou nesta sexta-feira (8/8) que irá visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar por ter descumprido reiteradamente medidas cautelares ordenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Indo a Brasília, tendo a oportunidade e sendo permitido, sim. Quero me solidarizar com ele. É uma pessoa que merece a minha consideração, a minha solidariedade", afirmou ao ser questionado se iria visitar o ex-presidente.

Ao revelar ter enviado R$ 2 milhões para que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se mantenha nos Estados Unidos, o ex-presidente passou a ser visto como financiador da busca do parlamentar paulista pela aplicação de sanções econômicas ao Brasil e aos líderes dos três poderes.

O objetivo do filho "03" é evitar que qualquer tipo de pena seja aplicada a Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado que tem como núcleo central o ex-presidente, membros do alto escalão do seu governo e militares.

A tentativa de não reconhecer o resultado das eleições de 2022, nas quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso, não encontrou apoio em duas das três instituições das Forças Armadas. Enquanto o comandante Freire Gomes e o brigadeiro Baptista Júnior recusaram entrar na aventura golpista, o almirante Almir Garnier teria se disponibilizado a apoiar, segundo testemunhas do caso.

Zema busca se cacifar como alternativa a Bolsonaro, que está impedido de concorrer à presidência devido a uma condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por fazer uso da máquina pública, prédios e televisão estatal para divulgar agenda de campanha nas eleições de 2022. Para ganhar apoio dessa parcela do eleitorado, vem adotando diversas pautas importantes aos bolsonaristas.

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Entre os possíveis herdeiros dos votos de Jair Bolsonaro estão o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP); a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL); o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); e, por fora, Zema; o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

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