O Governo de Minas designou o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Leonardo Monteiro, para responder pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Estado dessa quinta-feira (18/9).

Monteiro substitui Breno Esteves Lasmar, afastado do cargo por determinação da Justiça Federal. O ex-dirigente é investigado por suposto envolvimento em esquema de liberação irregular de licenças ambientais, apurado na Operação Rejeito.

Adjunto da Semad desde maio de 2023, Monteiro acumula funções estratégicas na área ambiental. Ele é secretário executivo do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), além de presidir as câmaras normativas e recursais dos colegiados. Também coordena o comitê de governança, integridade, riscos e controles da pasta.

Monteiro é pós-doutor em Democracia e Direitos Humanos pelo Ius Gentium Conimbrigae, da Universidade de Coimbra, em Portugal, além de doutor e mestre em Direito pela PUC Minas. Ele integra ainda o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e outros fóruns estaduais ligados às áreas de meio ambiente, segurança pública e políticas de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.

Operação Rejeito

A operação foi deflagrada nessa quarta-feira (17/9) pela PF em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU). Até o momento, 15 pessoas foram presas preventivamente, entre elas empresários e servidores públicos ligados ao setor ambiental.

Foram cumpridos 79 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 1,5 bilhão em ativos e da suspensão das atividades de empresas envolvidas no esquema. Segundo a investigação, a organização criminosa corrompia agentes públicos para obter autorizações e licenças ambientais de forma irregular mediante pagamento de propina.

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Entre os órgãos citados estão o Iphan, a Agência Nacional de Mineração (ANM), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad-MG) e o próprio Iepha.

O Estado de Minas revela, desde abril, denúncias sobre irregularidades no setor, apontando para o avanço de investigações contra empresários e servidores suspeitos de facilitar crimes ambientais em Minas Gerais.

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