A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) enviou nesta sexta-feira (19/9) um convite à secretária de Meio Ambiente, Marília Melo, para a próxima audiência para falar sobre as denúncias da Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A reunião será na próxima quinta-feira (25/9). Como se trata de convite, a secretária não é obrigada a comparecer.

A ação da PF, que cumpriu 22 mandatos de prisão preventiva para 17 pessoas, entre elas empresários e altos nomes da área ambiental, como o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Breno Esteves Lasmar; diretor de regularização ambiental da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Arthur Ferreira Rezende Delfim; o gestor ambiental Fernando Baliani, acusado de autorizar licenças que favorecem mineradoras investigadas; e Lirriet de Freitas Libório, servidora da Feam. Das 17 pessoas que eram alvos da Justiça, duas não foram localizadas e são consideradas foragidas.

O ex-presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Rodrigo Gonçalves Franco, acusado de receber valores para favorecer o licenciamento de empresas foi exonerado quatro dias antes da realização da operação.

A apuração da PF aponte que pagamentos de cerca de R$ 3 milhões foram pagos em propinas a servidores. Os valores eram pagos periodicamente em troca de liberação de licenças ambientais ilícitas que ignoravam proteção ambiental.

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O geógrafo e assessor parlamentar, Gilberto Horta Carvalho, chegou a atuar junto a deputados estaduais, como Bruno Engler (PL) e Charles Santos (Republicanos), para barrar projetos de leis que criavam áreas de proteções ambientais nas quais as mineradoras estavam interessadas.

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