O deputado estadual Dr. Jean Freire (PT) protocolou uma notícia de fato no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra o governador Romeu Zema (Novo) e o vice-governador Mateus Simões (Novo) acusando o governo de fazer uso político da Rede Minas, canal de televisão do estado.

No texto, o parlamentar citou a edição de 26 de setembro do programa “Opinião Minas”, que recebeu o presidente do Partido Novo em Minas, Christopher Laguna. Zema integra a legenda desde 2018 e é por ela que é pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. Já Simões está deixando o Novo para se filiar ao PSD, pelo qual deve disputar pelo governo do estado.

A abertura do programa em questão teve tom elogioso ao partido de Zema. “Foi assim, em 2011, que alguns homens decidiram se unir. Todos eles em comum, eram homens ficha limpa e tinham uma postura ilibada, um comportamento sério e o desejo de transformar indignação em ação. Foi assim que lá atrás, em 2011, surgiu no horizonte um novo partido político no Brasil, o Partido Novo”, disse o apresentador do Opinião Minas, Jacques Leal.

Rede Minas

Pertencente à Empresa Mineira de Comunicação (EMC), o canal exibe programação de entretenimento, jornalismo e esporte na TV aberta.

“A Rede Minas deve ser uma ferramenta de comunicação pública, voltada para a cultura, a educação e a informação de qualidade. Transformá-la em palanque é desrespeitar o povo mineiro e atentar contra o patrimônio público”, argumentou Dr. Jean Freire.

A reportagem do Estado de Minas procurou o governo do estado e o Partido Novo em Minas para um posicionamento, mas, até a publicação da matéria, não obteve retorno.

Pedidos

A notícia de fato pede a instauração de inquérito civil público, a requisição imediata das gravações integrais do programa e a abertura de investigação contra os responsáveis, inclusive com a possibilidade de ação de improbidade administrativa.

Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o parlamentar requisitou audiência pública para debater a acusação de uso político da EMC - citando, além da Rede Minas, a Rádio Inconfidência: “viraram mero instrumento de propaganda política”.

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