A saúde dos animais está diretamente ligada à saúde das pessoas e do meio ambiente. Essa interconexão ganha cada vez mais destaque na saúde pública, especialmente diante do aumento das zoonoses (doenças que podem ser transmitidas entre animais e seres humanos) que impactam milhões de vidas ao redor do mundo todos os anos.
A raiva é uma doença viral aguda, extremamente grave e quase sempre fatal, transmitida principalmente pelo contato com a saliva de animais infectados, por meio de mordeduras ou lambeduras. Apesar de não existir cura, a vacinação continua sendo a principal estratégia para a prevenção dessa zoonose. Entre as soluções disponíveis no mercado, a vacina inativada formulada com a cepa (Pasteur) idêntica à usada em vacinas humanas, é utilizada em imunizações a partir das 12 semanas de idade de cães, gatos e furões domésticos.
Outra zoonose que preocupa as autoridades sanitárias brasileiras é a leishmaniose visceral, uma doença grave, endêmica em diversas regiões do país e de difícil controle. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 2 mil casos são registrados anualmente, tanto em humanos quanto em cães. Transmitida pela picada do mosquito-palha infectado, a leishmaniose não tem cura nos cães e pode causar sintomas severos, muitas vezes levando à morte.
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De acordo com o médico-veterinário Márcio Barboza, da MSD Saúde Animal, embora os casos humanos recebam maior atenção da mídia, a doença é amplamente disseminada entre os cães e muitas vezes ocorre de forma silenciosa. “Os registros em humanos costumam acender o alerta, mas os cães são os principais reservatórios urbanos do parasita. Por isso, a prevenção dos pets é essencial para quebrar a cadeia de transmissão e proteger a saúde pública”, explica.
Uma das estratégias mais eficazes para conter o avanço da leishmaniose é a proteção dos animais. Entre as soluções disponíveis, a coleira antiparasitas, tem se destacado por sua eficácia. Com ação prolongada de até quatro meses, sua fórmula à base de deltametrina repele o mosquito-palha e pode eliminar o inseto antes que ele consiga se alimentar do sangue do animal, reduzindo a transmissão do parasita.
Além do uso da coleira, os tutores podem adotar medidas preventivas complementares, como a remoção frequente de matéria orgânica em quintais, pomares e terrenos baldios para evitar a proliferação do mosquito, a instalação de telas em canis para impedir a entrada do vetor, e a restrição de passeios com os pets ao entardecer, período de maior atividade do mosquito em áreas de vegetação densa.
Vale reforçar que a leishmaniose pode se manifestar de várias formas nos cães, com sinais que incluem:
- Feridas na pele que não cicatrizam
- Febre persistente
- Perda de peso
- Crescimento exagerado das unhas
- Descamações e lesões cutâneas
- Apatia
- Aumento do volume abdominal
O tratamento é longo, dispendioso e com eficácia limitada, e a insuficiência renal provocada pela progressão da doença é uma das principais causas de morte nos animais infectados.
“Na MSD Saúde Animal, sabemos que a saúde dos animais está diretamente ligada à saúde das pessoas e do meio ambiente. Por isso, nosso compromisso vai além de oferecer soluções eficazes, inclui também a educação, a prevenção e a colaboração com profissionais e comunidades para o controle das zoonoses. Trabalhamos para fortalecer essa conexão e garantir que, juntos, possamos proteger vidas, promover a saúde pública e construir ambientes mais seguros e saudáveis para todos”, afirma Delair Bolis, presidente da MSD Saúde Animal no Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia.