INFECÇÃO NA GARGANTA

Retirada das amígdalas: entenda cirurgia que a filha de Maíra Cardi passou

Pediatra tira dúvidas sobre a operação, comenta as indicações e complicações e fala sobre o pós-operatório e a recuperação

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A cirurgia de retirada das amígdalas, chamada amidalectomia, é um procedimento comum e seguro, especialmente indicado para crianças que apresentam infecções recorrentes na garganta. A pediatra Lilian Zaboto explica que “a indicação da cirurgia é quando a criança tem mais de 5 a 7 infecções de garganta por ano, que são amidalites tratadas com antibióticos.

Essas infecções frequentes não só trazem febre e desconforto, como também resultam em perda de aulas e absenteísmo escolar, além do impacto do uso contínuo de antibióticos, que podem afetar órgãos importantes como rim, fígado e intestino da criança”.

Além da amigdalectomia, a retirada conjunta das amígdalas e da adenoide, a adenoamidalectomia é comum em casos em que a criança apresenta infecções respiratórias de repetição, sinusites e obstrução das vias aéreas superiores. “No caso da filha da Maíra Cardi, por exemplo, ela passou pela retirada das amígdalas e da adenoide. A adenoide aumentada funciona como um obstáculo atrás do nariz , conhecida popularmente como ‘carne esponjosa’ , que atrapalha a respiração, causando voz anasalada ou fanha,” esclarece a pediatra.

Esse bloqueio da via aérea dificulta a drenagem natural das secreções do nariz e da garganta, favorecendo o acúmulo dessas secreções, que ficam “quentes” e úmidas, criando o ambiente perfeito para a multiplicação bacteriana. Isso pode levar a infecções secundárias, como sinusites, e faz com que “qualquer gripe ou resfriado possa evoluir para uma infecção que precise do uso de antibióticos”.

Outro ponto fundamental é o impacto da obstrução respiratória no sono da criança. “Crianças com adenoide e amígdalas muito grandes podem apresentar roncos, apneia do sono e noites agitadas, com vários despertares. Isso não afeta apenas o descanso delas, mas também o dos pais, que ficam preocupados e acordam para observar a criança,” comenta Lilian.

 

A apneia do sono pode causar sonolência diurna, olheiras e cansaço, comprometendo o rendimento escolar e até o crescimento da criança, que necessita de um sono adequado para se desenvolver plenamente.

“É comum que essas crianças apresentem falta de apetite, pois o nariz entupido prejudica a percepção do sabor e do cheiro dos alimentos, levando a uma alimentação inadequada e, consequentemente, a um crescimento abaixo da curva, detectado nas consultas pediátricas,” acrescenta a especialista.

Sobre o procedimento cirúrgico, Lilian destaca que a cirurgia é tranquila. 'Dura, em média, entre uma e duas horas, e a criança geralmente recebe alta no mesmo dia, no período da tarde.”

O pós-operatório requer cuidados específicos, principalmente na alimentação. “Indicamos alimentação líquida e gelada, como sorvete e açaí, para ajudar na cicatrização e aliviar a dor. A recuperação da adenoide é mais rápida e tranquila, já a amídala pode causar mais desconforto e dor, especialmente ao engolir líquidos. Em casos mais difíceis, a criança pode recusar líquidos e precisar de hidratação endovenosa,” alerta.

A pediatra reforça que “o repouso indicado é curto, geralmente de dois dias, e no terceiro dia a criança já apresenta melhora significativa. A alimentação líquida deve ser mantida nos primeiros dias e, a partir do terceiro, pode-se iniciar alimentos pastosos, com retorno gradual à dieta normal em cerca de cinco a seis dias”.

Lilian ainda comenta: “Tenho muitos pacientes e filhos de famosos que já realizaram essa cirurgia sem nenhuma intercorrência. Meu próprio filho mais novo também fez a adenoamidalectomia por causa de roncos e infecções de repetição”.

A pediatra enfatiza a importância do acompanhamento com um especialista: “Os pais precisam procurar um otorrinolaringologista de confiança para avaliar a necessidade da cirurgia. É fundamental conhecer o profissional e tirar todas as dúvidas para garantir o melhor cuidado para a criança.”

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